Da redação, AJN1
Hoje (2) e amanhã (3), os professores da rede estadual de ensino paralisam as atividades. A categoria quer mais atenção por parte do governo, a quem atribui o caos no sistema educacional e financeiro. Além disso, os docentes condenam os atrasos no pagamento dos aposentados e exigem que se faça a retomada da carreira, inclusive, com o reajuste do piso salarial para todos os níveis.
Na manhã desta terça-feira, a classe se reuniu em frente à Secretaria de Estado da Fazenda. Em seguida, eles se dirigiram ao Fórum Gumercindo Bessa para pedir a juíza Simone Fraga mais celeridade para conclusão da ação judicial impetrada pelo Sindicato dos Professores do Estado de Sergipe (Sintese), o qual cobra o cumprimento da lei 250 (lei aprovada que garante o reajuste do piso para todos os níveis e estabelece como será a recuperação da carreira do magistério).
Amanhã, os professores farão panfletaram no calçadão da rua João Pessoa, no Centro de Aracaju, explicando os motivos da paralisação e a luta do magistério. A partir das 14h, o sindicato realiza, no Instituto Histórico e Geográfico, uma aula pública com as professoras da Universidade Federal de Sergipe, Alexandrina Luz e Lianna Torres, e também de Gabriela Rebouças, da Universidade Tiradentes. Elas vão tratar sobre a Escola sem Partido e os projetos de desmonte da educação pública que tramitam no Congresso Nacional.
Piso
De acordo com o Sintese, os professores com formação em nível superior amargam três anos sem o reajuste do piso (2012, 2015 e 2016). “O governo do Estado, para vender um discurso para a sociedade de que paga o piso, nivelou os vencimentos iniciais menores que R$2.2135,64 para o valor do piso este ano, deixando educadores que têm formação em nível médio e formação em nível superior até nove anos de carreira com pós-graduação com o mesmo vencimento inicial”, diz a assessoria de Comunicação do Sintese.
Salário atrasado
Ainda de acordo com o Sintese, desde o ano passado que os professores aposentados (junto aos demais servidores) têm recebido seus proventos com atraso ou parcelados. “A justificativa do governo é um déficit nos fundos previdenciários, mas o Sintese tem apresentado estudos que mostram a incongruência nos dados apresentados pela Secretaria da Fazenda e também pelo Sergipeprevidência. O sindicato, inclusive, já acionou o Ministério Público e o Tribunal de Contas”.