Da redação, AJN1
O Sindicato dos Professores do Estado de Sergipe (Sintese) esteve reunido na manhã desta terça-feira (29), no Calçadão da rua João Pessoa, no Centro de Aracaju, para apresentar à sociedade o resultado da “Prova Final da Educação Pública”, uma espécie de avaliação anual feita por educadores os quais dão notas ao modelo de educação pública que é conduzido por gestores municipais e pelo Governo. E a nota atribuída ao governo daria repetição de ano na certa: 1,1.
Com as piores notas ficaram os municípios de São Cristóvão (0,3); Propriá (0,4); Canhoba (0,4); Santo Amaro das Brotas (0,7); Neópolis (0,8); Aquidabã (0,9) e Brejo Grande (1,2). As melhores pontuações ficaram nas cidades de Itabaiana (7,1); Itabi (6,4); Nossa Senhora do Socorro (6,3); e Cumbe (5,5).
O Sintese enfatiza que o município de Aracaju não entra na lista de avaliação, já que os professores da rede municipal são filiados a outro sindicato.
Para a vice-presidente do Sintese, Ivonete Cruz, as notas negativas, refletem o cenário obscuro da educação pública em Sergipe. “Tivemos um ano muito complicado e ruim para a educação pública. Desvalorização dos professores, infraestrutura péssima das escolas, falta de condições de trabalho, estruturas pedagógicas ruins, não pagamento do piso salarial e falta da merenda escolar nas unidades de ensino. Então, a avaliação não teria como ser diferente. As notas são negativas para a maioria dos Municípios e o cenário na educação é caótico. O problema é generalizado”, disse.
Ainda conforme Ivonete, nem o Estado nem os gestores municipais estão cumprindo com suas obrigaçõess. “Falta tudo na educação. Estrutura, mão de obra, reajuste salarial, merenda, valorização profissional e reforma nas escolas. Como oferecer uma educação pública de qualidade com tantos problemas? O Governo do Estado, que recebeu nota de 1,1, e os gestores municipais não estão cumprindo os seus papeis. Por isso, a educação pública não vai bem há anos e providências urgentes precisam ser tomadas. Esperamos que 2016 seja um ano melhor para a educação”, afirma.
Sobre a Avaliação
Ivonete explica que na “Prova Final da Educação Pública” são avaliados os aspectos de valorização profissional, gestão democrática, política educacional e qualidade social de ensino, garantia de direitos de Plano de Carreira e Estatuto e também condições de trabalho. Os educadores atribuíram notas de 0 a dois em cada um dos temas e a nota final do gestor foi obtida pela soma dos pontos.