ARACAJU/SE, 30 de abril de 2024 , 14:14:27

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Universidades federais deflagram greve; ministro da Educação se manifesta

 

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), diz que as greves feitas pelos professores e servidores técnico-administrativos de universidades públicas brasileiras são um “prejuízo para os Brasil e para os alunos”. Ele contou que chegou a se reunir com sindicatos das classes no ministério e fez um apelo para que não fosse deflagrada greve.

“Não havia necessidade de fazer greve agora, porque greve é quando não tem mais diálogo”, diz Camilo. “O prejuízo é para o Brasil e para os alunos. Queremos evitar isso”.

O ministro participou de audiência no Senado realizada nesta terça-feira (16), em um momento de pressão por parte de instituições de ensino federal. Dezenas de universidades pelo país deflagraram greve pedindo melhores salários.

Camilo afirma que há o compromisso do governo em atender às demandas dos grevistas e que uma nova oferta do governo será feita nesta sexta-feira (19). “Reconhecemos a necessidade de melhorar os servidores técnico-administrativos”, diz o ministro.

Até essa segunda-feira (15), 21 das 69 universidades públicas brasileiras começaram a ter paralisação de aulas, mobilizada por professores universitários e servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. A última paralisação de alcance nacional foi em 2016.

Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve há um mês.

Os professores de instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026, enquanto os servidores técnico-administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em três parcelas em 2024, 2025 e 2026.

Segundo o sindicato da categoria, os percentuais correspondem às perdas salariais desde o governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, até dezembro de 2023, acrescidas das projeções inflacionárias de 2024 e 2025.

Camilo aponta que o ministério criou um grupo de trabalho para tratar das reivindicações dos grupos, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do tema e uma proposta já foi encaminhada para análise no ministério da Gestão, chefiado por Esther Dweck.

Fonte: Estadão

 

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