Organizada pela Central Única das Favelas de Sergipe (CUFA-SE), em parceria com Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp), a segunda edição da Taça das Favelas foi iniciada neste domingo (8), no campo recreativo Orla Porto Dantas, zona Norte da capital. A competição visa a proporcionar que jovens de comunidades periféricas do Estado tenham acesso a prática esportiva e enxerguem nele a possibilidade de um futuro mais próspero.
“Essa competição permite que jovens mostrem seu talento. É uma excelente porta de entrada”, destaca o secretário municipal da Juventude e do Esporte, Antônio Hora. A Taça das Favelas de 2019 conta com 33 equipes, compostas por jovens nascidos entre 2002 e 2005. São 24 times masculinos e nove femininos (com idades a partir dos 15 anos), num torneio de futebol de campo que se estende até outubro.
Estreante em uma competição, Luís Cláudio Silva Santos, que tem 16 anos e joga desde os 13, não consegue disfarçar a expectativa. “A ansiedade está imensa para disputar a Taça das Favelas. Agora, é buscar o meu objetivo que é ser campeão”, declarou o jovem do Lourival Bonfim, de Pirambu, minutos antes de entrar em campo.
De acordo com Jersonilton Júnior, diretor de esportes da Sejesp, a Taça das Favelas, de fato, faz os olhos dos jovens brilharem. “É uma grande oportunidade para eles. A Sejesp não poderia deixar de apoiar”, afirma. Para Ronaldo Gomes, técnico do Moisés Gomes, da Barra dos Coqueiros, o campeonato está bem organizado e abre vaga para jogar fora do Estado. “Vamos ser campeões”, diz, otimista.
Cerca de 750 atletas participam do torneio que, segundo o coordenador de Esporte e Inclusão da Sejesp, Luiz Carlos Bossa Nova, é um campeonato que já está no calendário da Prefeitura e visa, sobretudo, a inclusão de jovens de comunidades que possuem poucas perspectivas de futuro. “O objetivo final é revelar valores para o futebol sergipano e brasileiro”, afirma.
Cleberton Costa da silva, 16 anos, é um desses garotos. Ele já joga futebol há sete anos e está pela primeira vez na Taça das Favelas. “A organização está muito boa e eu vim para ganhar”, declara Cleberton. Ele é do Fusão Tricolor, do Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro. Na primeira edição da Taça das Favelas em Sergipe, realizada em 2018, o Bugio foi o campeão no masculino, e no feminino, a comunidade das Malvinas.
Fonte: AAN