Ao menos 717 pessoas morreram e 805 ficaram feridas nesta quinta-feira (24) em um tumulto no bairro de Mina, durante a peregrinação anual de muçulmanos a Meca, segundo um balanço atualizado da Defesa Civil da Arábia Saudita. De acordo com a Defesa Civil, seis equipes de emergência prestam os primeiros socorros aos feridos no local da tragédia e orientam os peregrinos para "rotas alternativas".
Até o momento não foram divulgados os motivos que teriam provocado a correria em Mina, local que realizou nos últimos anos obras de infraestruturas para facilitar o deslocamento dos peregrinos. Mina fica localizado a cinco quilômetros da cidade sagrada de Meca e acomoda anualmente milhares de peregrinos em tendas climatizadas.
Mais de dois milhões de muçulmanos iniciaram nesta semana o Hajj, a peregrinação sagrada a Meca. Todo seguidor da religião deve comparecer ao menos uma vez na vida ao evento, anual, desde que possua meios financeiros suficientes para tal.
Neste ano, o Hajj acontece entre 22 e 26 de setembro. Um dos principais rituais consiste em dar sete voltas ao redor da Cabaa, a construção mais sagrada do islã, localizada no pátio central da Grande Mesquita -local para onde os muçulmanos se voltam ao realizar suas orações.
O evento ocorre este ano semanas após a queda de um guindaste que integrava as obras de ampliação do local, que matou ao menos 107 pessoas.
A peregrinação, considerada o maior encontro anual de pessoas no mundo, também inclui uma série de outros procedimentos, como orações, caminhadas e sacrifício animal. Em janeiro de 2006, uma tragédia similar no mesmo local matou 364 peregrinos.
Nesta quinta-feira, primeiro dia da festa do Adha, os peregrinos iniciaram um ritual de apedrejamento de satanás, no vale de Mina, região oeste da Arábia Saudita. O ritual consiste no ato de lançar sete pedras no primeiro dia do Eid al-Adha contra uma grande pilastra que representa satanás, e no dia seguinte contra três grandes pilastras (grande, média e pequena).