Da redação, AJN1
O corpo do sanfoneiro Valtinho do Acordeon, 70 anos, está sendo velado no Osaf da rua Itaporanga, em Aracaju. Ele morreu nesta terça-feira (7), em um hospital particular da capital, após sofrer uma parada cardiorespiratória. Valtinho se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu no final de março e na segunda-feira voltou a ser internado. Ele era viúvo e deixa cinco filhos.
Em nota a Funcaju lamentou a morte do artista. “A Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) lamenta o falecimento do grande musicista Valtinho do Acordeon. Com mais de 55 anos de carreira, Valtinho foi um exímio sanfoneiro, dedicando sua vida a vários ritmos e linguagens musicais. A Funcaju presta condolências aos seus familiares, amigos e admiradores por esta inestimável perda.”
Valter dos Santos ou apenas Valtinho do Acordeon, era considerado um dos melhores, ou talvez, o melhor sanfoneiro do país. Nascido na cidade alagoana de Penedo, mas criado no município sergipano de Ilha das Flores, mudou-se para Aracaju em 1970.
Iniciou a carreira musical aos 10 anos tocando acordeon no bar do pai, em Penedo. Por vergonha, como ele mesmo declarou em entrevista, abandonou a sanfona e passou a tocar guitarra durante o período da jovem guarda, quando se apresentava no Penedo Tênis Clube. Depois investiu no teclado e com este instrumento participou de grupos como Apaches, Medeiros, Psicassete, Trio Atalaia e da banda Los Guaranis, onde também foi diretor musical.
Somente em 1987, quando passou a se apresentar no bar Recanto do Chorinho, no Parque da Cidade, em Aracaju, foi que Valtinho perdeu a vergonha da sua origem musical e fez as pazes com o acordeon e não o deixou mais. Em 1993, no Canta Nordeste que aconteceu na capital pernambucana, ganhou o título de melhor arranjador de sanfona. Valtinho do Acordeon era presença cativa no palco Gerson Filho, no Forró Caju.
*Com informações AAN
