A catástrofe no Rio Grande do Sul destruiu cidades inteiras, matou 100 pessoas e obrigou mais de 160 mil pessoas a deixarem as suas casas até o momento. Em meio à evacuação das áreas de risco, um outro drama mobiliza o poder público e voluntários: os milhares de animais que foram deixados para trás.
Coordenada pelas Forças Armadas, a Operação Taquari 2 já resgatou mais de 5.200 animais afetados por inundações. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, na tarde da última segunda-feira (6), por exemplo, havia cerca de 600 animais nas estruturas emergenciais montadas para atendimento aos atingidos.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram cachorros, gatos e até cavalos ilhados devido às enchentes. ONGs de proteção animal também auxiliam nas buscas. O Grupo de Resposta a Animais em Desastre (Grad) informou que realizou 100 resgates só na terça-feira (7).
Dois locais foram disponibilizados pelo município para atender exclusivamente os pets e abrigar aqueles que foram resgatados sem os tutores. Eles recebem alimentação e são avaliados com exames clínicos.
A Prefeitura de Porto Alegre também abriu cadastro para selecionar veterinários voluntários para atender os animais. “Precisamos dos veterinários para fazer o primeiro atendimento destes animais e também para alguma demanda mais específica ou urgente que possa ocorrer nos abrigos”, explica o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, Richard Dias.
Nível do Guaíba
Após mais de uma semana de tensão em todo o Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas, alguma coisa começou a melhorar em meio ao caos vivido pelos gaúchos: o nível do Guaíba, em Porto Alegre, que chegou a superar o recorde histórico de 1941, baixou 15 centímetros em 24 horas. Nos últimos dias, parte significativa da cidade, incluindo o seu Centro Histórico, ficou intransitável em razão da subida das águas do lago. Segundo a prefeitura, a altura nessa quarta-feira (8) era de 5,13 metros — o menor patamar desde sábado (4).
Fonte: VEJA