ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 21:21:49

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Denarc apreende cerca de 500 comprimidos de drogas sintéticas em 2016

Da redação, AJN1

 

Em Sergipe, só em 2016, o Departamento de Narcóticos apreendeu aproximadamente 500 comprimidos de drogas sintéticas, além de 50 substâncias semelhantes a LSD. Há poucos anos, surgiram diversas novas drogas sintéticas no mercado ilegal, a exemplo da N-etilpentilona, Etilona, 25I-NBOMe e DOC.

 

De acordo com o perito criminal Ricardo Leal Cunha, os traficantes encontraram na alteração da composição química das drogas uma forma de burlar as leis, considerando a portaria da Anvisa que cataloga as substâncias entorpecentes conhecidas. “A cada semana uma nova substância é criada, a nível mundial, segundo a Associação Internacional de Toxicologistas Forenses”, diz.

 

Ainda segundo Ricardo, a Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) atua hoje com equipamentos e profissionais preparados para identificar essas novas drogas e oferecer uma resposta rápida aos investigadores que combatem o tráfico de drogas em Sergipe. Em 2017, o Instituto de Análises e Pesquisas Forense (IAPF) contará com a presença de quatro cromatógrafos gasosos, equipamento utilizado na análise de diversas substâncias químicas como drogas de abuso, medicamentos, pesticidas, veneno, entre outros.

 

“Como a velocidade de produção de novas drogas é grande, os peritos incluem famílias de compostos comumente utilizados na produção em vez de incluí-las separadamente”, afirma Leal. No ano de 2013, ocorreu um “boom” na produção de novas drogas sintéticas. Até o presente momento, já ocorreram mais de 400 apreensões nos estados de Sergipe e Bahia, sendo encontradas pelo menos 27 novas substâncias.

 

O delegado do Departamento de Narcóticos (Denarc), Osvaldo Resende, atenta para o fato de que há uma facilidade maior em esconder o entorpecente sintético e que eles também são diferenciados pelo seu aspecto externo, como a impressão de desenhos e carimbos nas drogas, por exemplo, característica utilizada também para chamar a atenção do consumidor.

 

“A variedade também dificulta um pouco o reconhecimento da droga, que precisa ser enviada ao laboratório forense para análise. Para isso, temos o laudo preliminar, feito em 24h e o definitivo, que pode levar de um a dois meses para ficar pronto”, afirma o delegado.

 

Com informações da SSP

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