ARACAJU/SE, 27 de julho de 2024 , 3:37:24

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Venda da Deso socorreria caixa da Previdência

 

Da redação AJN1

O governador em exercício, Belivaldo Chagas (PMDB), disse hoje (27), durante entrevista a uma emissora de TV local, que se a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) for mesmo vendida, o dinheiro poderia ser utilizado para socorrer o caixa da Previdência Social, cujo déficit deve superar R$ 1,2 bilhão em 2017, valor, segundo ele, maior do que todo o orçamento da Secretaria de Estado da Educação para este ano.

Conforme o governador, o fundo da previdência hoje tem mais de 30 mil pensionistas e aposentados e já ultrapassa o quadro de efetivos da ativa, perfazendo uma folha salarial de R$140 milhões mensal, sendo que a arrecadação é de apenas R$40 milhões, ou seja, o Governo, todo mês, tem que repor R$ 100 milhões para cobrir um “buraco negro”.

“Hoje se fala na possibilidade de privatizar a Deso. O Governo ainda não bateu o martelo sobre essa questão ainda, mas se isso viesse a acontecer, seria para reforçar o caixa. Há anos, o Estado se desfez da Energipe. Se metade daqueles recursos tivesse ido para o caixa da Previdência, nós não estaríamos passando por isso hoje”, afirmou ele.

Belivaldo disse ainda que o rombo da Previdência é um problema que não foi criado na atual gestão. “O problema foi herdado. Porque não se cria um déficit de R$100 milhões em um ou dois governos. O dever de casa deixou de ser feito. Essa é uma questão de gestões dos últimos 20 anos, porque cálculo atuarial se faz a cada exercício de mandato. Marcelo Déda, quando assumiu o Governo, ele criou o novo fundo de previdência. Os servidores que entraram na Previdência a partir de 2008, eles estão em outro fundo de previdência”, concluiu.

Venda da Deso

A Deso já estava na mira do governo Michel Temer, por meio do Programa de Participação em Investimentos (PPI), lançado ano passado, quando convocou todos os estados brasileiros a comparecerem a uma audiência na sede do BNDES, ocasião onde foram expostas as pretensões de realizar as concessões das companhias de água e esgoto dos estados. Neste caso, as privatizações seriam definidas por decreto e passariam desfrutar da condição de prioridade nacional.

 

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