O relatório final da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que investiga os contratos de limpeza urbana da capital foi aprovado nesta terça-feira (24) por três votos a um. O documento foi apresentado durante a reunião no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), da qual participaram os vereadores Vinicius Porto (DEM), Manuel Marcos (PSDB), Elber Batalha (PSB), Professor Bittencourt (PCdoB) e Fábio Meireles (PPS), que são membros CPI.
O relator da Comissão, Manuel Marcos, leu as 36 páginas que compõem o relatório e explicou através dele o que foi discutido durante as Reuniões Ordinárias da CPI. Dentre os fatos expostos, estavam o inicio da investigação apresentado no inquérito policial, além dos valores correspondentes ao recolhimento dos entulhos e lixo domiciliar, apresentado pelos delegados Danielle Garcia e Gabriel Nogueira nas oitivas.
“Essa CPI observa a lei e nela verifica seus deveres e obrigações. Esperamos que cada cidadão aracajuano possam identificar os esforços de cada membro aqui. Num momento que toda sociedade trabalha para a política o que estamos fazendo aqui é histórico. E por fim, decidimos com a decisão de enviar este relatório ao Ministério Público para que seja analisado pelo o órgão”, afirmou Manuel.
Elber Batalha, que votou contra o relatório, delineou sua opinião a respeito do que foi observado durante a apresentação de documentos na CPI. “Inicialmente quero salientar que foi feita pelo relator Manuel Marcos uma importante pesquisa. Outro ponto que, na minha visão, fica claro a comprovação de fraude contrato é quando percebemos que no ano de 2010 a Torre apresentou um valor inicial para cuidar da limpeza urbana da cidade e mesmo sem ainda assinado o contrato houver alteração no valor do contrato”, disse Elber.
O vereador Professor Bittencourt durante sua fala parabenizou Manuel Marcos e abordou seu entendimento a respeito do relatório. “Queria iniciar parabenizando ao senhor e sua assessoria pela consistência pela seriedade em transformar este assunto em algo digerível. Quero também aqui dizer que este relatório é um esforço para não ser contaminado com as implicações políticas que ocorre neste processo. E quero finalizar dizendo que não vistam camisas disfarçadas de juridiquês para exacerbar discrepâncias política”.
Fábio Meireles também deixou claro o posicionamento a favor do relatório. “O que me deixa em particular um pouco triste é a insistência em se dizer que há uma interferência nessa CPI e reafirmar mais uma vez que o que está a minuta neste relatório é que haverá um envio para o próprio MP”.
Fonte: Ascom CMA