Da redação, AJN1
Na tarde deste domingo (17), a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff começou precisamente às 14h com uma dose de confusão e interrupção. Vários protestos contra a petista e intervenções favoráveis deixaram o Salão Verde e o plenário da Casa em desordem, que está superlotado por congressistas, seus familiares, jornalistas e assessores.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pouco antes do início da sessão, negou veementemente que tenha agido por vingança contra Dilma. "São 50 pedidos de impeachment, como poderia dizer que é vingança? A suposta prática do crime existiu", disse Cunha na entrevista.
Nos primeiros minutos da sessão, mais confusão. Vários gritos de ordem dos dois lados, faixas e muito barulho. Governistas chegaram a abrir uma faixa "fora, Cunha" na Mesa da Câmara, logo atrás de Cunha. O peemedebista mandou retirar a faixa afirmando que esse tipo de manifestação era proibido.
No pronunciamento de Jovair Arantes (PTB-GO), relator do pedido de impeachment, a balburdia acabou interrompendo o discurso. O petebista é favorável da abertura do processo sob o argumento de haver fortes indícios de que Dilma cometeu crime de responsabilidade.
Cunha pediu serenidade aos deputados: "Façam a luta política em seus discursos. Mas tem que ter respeito."