Em mais uma fase da operação lava Jato, denominada de Manues, equipes da Polícia Federal estão cumprindo nesta terça-feira cinco mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva – quando alguém é levado para depor – e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná. Dentre os alvos da ação está o ex-ministro do Turismo do Governo Temer, Henrique Eduardo Alves, que já foi preso. Eduardo cunha, que já se encontra recolhido na PF em Curitiba, também teve a prisão decretada. Um dos comum entre eles é que pertencem ao PMDB e ocuparam a presidência da Câmara dos Deputados.
A operação investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal (RN). De acordo com informações da PF, o sobrepreço na obra chega a R$ 77 milhões. A investigação se baseia em provas da Lava Jato, que apontam o pagamento de propina a Cunha e Alves em troca de favorecimento a duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.
Durante a investigação foram identificados pagamentos de propina por meio de doações oficiais entre 2012 e 2014 . Além disso, um dos investigados usou valores supostamente doados para a campanha de 2014 em benefício pessoal. Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
Henrique Alves foi preso no apartamento onde reside, no bairro de Areia Preta, zona Leste da capital potiguar. A investigação se baseia em provas da Lava Jato, que apontam o pagamento de propina a Cunha e Alves em troca de favorecimento a duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio. Em Mossoró, na região Oeste do estado, o publicitário Arturo Arruda, um dos sócios da agência Art&C, também foi alvo de mandado de condução coercitiva e ele foi levado para prestar depoimento. O nome da operação é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, que significa uma mão lava a outra.
*Com informações G1RN
