Sob tumulto e bate boca, os deputados estaduais aprovaram na tarde desta terça-feira (15), durante a última sessão legislativa do ano, dois projetos de suma importância: o orçamento do governo do Estado para o ano de 2016, no valor de R$ 8,2 bilhões, e o que autoriza o governo a pagar abono salarial de 12,42% acrescidos nas parcelas referentes ao 13º salário dos servidores estaduais, que este ano, por determinação do Executivo, que alega crise financeira, vão receber a gratificação natalina fatiada em seis vezes.
Durante a sessão, servidores públicos de diferentes categorias, como professores, auditores fiscais e serviços gerais acompanharam a votação e tentaram sensibilizar, em vão, os parlamentares sobre as consequências da aprovação do projeto de lei que autoriza o governo a acrescer 12,42% nas parcelas do 13º.
Houve princípio de tumulto entre representantes sindicais com os deputados governistas. Nesse momento, o presidente da casa, deputado Luciano Bispo (PMDB), teve que intervir e chamou a segurança para retirar os manifestantes. A votação prosseguiu e não teve jeito. Como já era de se esperar, a maioria dos deputados governistas chancelaram o projeto e as centrais sindicais saíram do plenário revoltados.
Apenas os deputados Georgeo Passos (PTC), Antonio dos Santos (PSC), Vanderbal Marinho (PTC), Maria Mendonça (PP), Gilson Andrade (PTC), Venâncio Fonseca (PP), Ana Lúcia (PT) e Valmir Monteiro (PSC) votaram contra o abono.
O projeto
Como não vai pagar a segunda parcela do 13º de forma integral, o governo sugeriu aos servidores que façam um empréstimo no valor do benefício que iriam receber. Em contrapartida, o governo se compromete a pagar, mediante aprovação na Assembleia, a taxa de juros de 12,42%. Quem não optar pelo empréstimo, receberá mesmo assim esse abono diluídos nas seis parcelas que serão pagas a partir de janeiro.