ARACAJU/SE, 6 de outubro de 2024 , 17:53:07

logoajn1

Parlamentares vão à Justiça para tentar barrar Zanin no STF

 

Os deputados federais Delegado Ramagem (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG) foram à Justiça para tentar impedir o presidente Lula de nomear seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ferreira disse, na quinta-feira (1º), que ajuizou uma ação popular. Ramagem, em uma postagem no Twitter, disse que protocolou uma representação nesta sexta-feira (2). “Nós ingressamos hoje judicialmente requerendo a suspensão e a anulação do ato de Lula da indicação do seu advogado pessoal, particular, ao STF”, declarou, em um vídeo. “Há evidente desvio de finalidade, quebra da impessoalidade, claro interesse particular, contrário ao interesse público”.

O deputado lembrou que, na campanha eleitoral, Lula criticava nomeações em razão de amizade e que garantiu que não agiria dessa forma. Para Ramagem, portanto, a escolha de Zanin se configura como “estelionato eleitoral”. “Como sempre, enganaram o povo para promover esse desgoverno de compadrios, perdulário, autoritário, vinculado a ditaduras”.

Ramagem, nomeado em abril de 2020 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para chefiar a Polícia Federal, não pôde assumir o cargo porque o ministro Alexandre de Moraes, do STF, observou indício de desvio de finalidade na escolha, “em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público”, já que considerou Ramagem amigo da família Bolsonaro.

Ao lembrar do caso, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) citou a incoerência dos parlamentares que comemoraram a decisão de Moraes, à época, e agora se calam ou defendem a quebra do princípio da impessoalidade por Lula. “Mas é claro que esses deputados não vão manter o mesmo princípio. Por quê? Porque são hipócritas, são incoerentes”.

Segundo Ramagem, a representação “vai verificar se resta ao Judiciário imparcialidade, coerência e segurança jurídica, ou se esses institutos se tornaram vazios, a depender do lado político”.

Fonte: Revista Oeste

Você pode querer ler também