ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 20:23:58

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Relator do impeachment defende processo ao abrir sessão na Câmara dos Deputados

Da redação, AJN1

 

O relator do processo de impeachment na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), reafirmou neste domingo (17) a tese de que há indícios suficientes para que a denúncia contra a presidente seja aceita pela Casa. Para ele, a petista cometeu crime de responsabilidade ao ter praticado as chamadas pedaladas fiscais.

 

Jovair discursou cerca de 25 minutos, interrompido muitas vezes pelos demais deputados. Ele afirmou que "é chegada a hora da votação do parecer aprovado pela comissão especial".

 

"Nós estamos diante dos momentos mais importantes da história desse país. Vamos fazer história neste domingo com tarde ensolarada. É hora de reescrevê-la em busca de um novo tempo. E hoje vamos dar uma resposta à sociedade brasileira", disse.

 

O relator evitou fazer um discurso político e destacou sua fala nas questões técnicas e jurídicas da denúncia contra Dilma.

 

"Democracia é muito mais que uma eleição popular. Não se pode fazer tudo só porque foi eleita pelo voto, 54 milhões de votos não a autorizam a descumprir a Constituição e a praticar atos ilícitos contra as finanças públicas", disse. "Não vejo diferença entre aqueles que se apropriam do dinheiro público, praticando atos de corrupção, daqueles que mascaram a real situação fiscal do país como um projeto de poder."

 

Jovenir disse ainda que são vários sinais da paralisia que tomou conta do país. “Não são só os decretos orçamentários. O Brasil não precisa de muros, precisa de pontes. O Brasil está doente e o remédio não é outro senão a retomada da austeridade, da retomada do crescimento econômico", afirmou. Jovair foi o primeiro a discursar na sessão aberta para a votação do impeachment.

 

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é presidente da Casa, abriu a sessão pontualmente às 14h. No início da sessão, uma confusão se instalou no plenário.

 

Os deputados governistas pediram novamente a Cunha para que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, pudesse fazer a defesa da presidente mas o peemedebista negou.
 

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