ARACAJU/SE, 5 de dezembro de 2024 , 1:35:22

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Aparelho de radioterapia do Hospital Cirurgia segue quebrado; peça chegaria hoje de SP

Da redação, Joângelo Custódio

Às 18h desta sexta-feira (8) expirou o prazo que o Serviço de Encomenda Expressa de Documentos e Mercadorias (Sedex) deu à direção do Hospital de Cirurgia, para a entrega de uma mercadoria comprada há cinco dias úteis e crucial para quem precisa de tratamento radioterápico. O produto, que vai além de uma vã mercadoria aos olhos do destinatário comum, é o Colimador – peça responsável por suavizar a radiação no corpo dos pacientes. É justamente ele que vem tirando a paz dos quase 70 pacientes (média diária) que se acumulam na fria e fustigante fila de sessão de radioterapia dessa unidade hospitalar.

 

O aparelho, que funciona demasiadamente há três décadas, está com o Colimador quebrado há 10 dias. A direção do hospital informou que comprou o artefato na última segunda-feira (4), oriunda do estado de São Paulo e, inclusive, foi chamado um técnico de Minas Gerais o mais rápido possível, o qual ainda está em Aracaju à espera do material, cujo prazo venceu ao final da confecção desta reportagem.

 

Durante entrevista por telefone ao AJN1, o assessor de Comunicação do Cirurgia, Márcio Alexandre disse que o técnico já desmontou a máquina e está à disposição do hospital para, quando a encomenda chegar, montar rapidamente. Ainda segundo ele, mesmo que os Correios entreguem neste sábado (9), não seria possível consertar o aparelho, já que, por procedimento burocrático, o material só pode ser recebido pelo setor de almoxarifado, que não funciona no final de semana. Então, só na segunda-feira (11).

 

“O técnico já desmontou o aparelho, mas não pode fazer nada, por enquanto, já que está aguardando a peça. Se ela chegar hoje no horário máximo, até às 18h, dará tempo de receber e pedir para o responsável trabalhar nela. Senão, só na segunda-feira mesmo, já que só pode ser recebida pelo almoxarifado, o qual não funciona em final de semana”, disse Márcio.

 

Até lá, os pacientes oncológicos, que não podem interromper por um só minuto o tratamento, tendo em vista que a doença pode se espalhar pelo corpo e arruinar toda e qualquer esperança de cura, terão que continuar na sombria fila do desespero, apegando-se à fé, que não emana da vontade dos órgãos públicos.    
 

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