Da redação, AJN1
Representantes dos servidores do Hospital de Cirurgia, que estão há mais de 24h em greve, participaram na manhã desta terça-feira (12), de uma reunião conciliatória, mediada pelo Ministério Público Estadual, envolvendo a direção da unidade hospitalar e das Secretarias de Saúde de Aracaju e do Estado.
Dentre os R$ 5,8 milhões em dívidas com o hospital, ficou decidido durante a audiência que o secretário de Estado da Saúde, José Sobral, realize o repasse de R$1,1 milhão ao município. "Não questionamos a decisão e efetuamos o repasse à Prefeitura. Fizemos a nossa parte", assegura Sobral.
Já o secretário municipal da Saúde, Luciano Paz, assumiu o restante do débito e se comprometeu a fazer os repasses até o final da tarde de hoje. Por sua vez, o diretor-presidente do Hospital de Cirurgia, Gilberto Santos, garantiu que, assim que o montante for repassado, os salários de dezembro estarão na conta dos servidores nas próximas horas. Além disso, o 13º salário será pago até o próximo dia 20.
“A Prefeitura se comprometeu a fazer o repasse ainda hoje. Parte já foi feito e nós vamos disponibilizar imediatamente para pagar a folha de dezembro. Até o dia 20 deste mês, a Prefeitura fará outro repasse para que possamos pagar o décimo terceiro salário. Há um compromisso adicional firmado, de que até o dia 29 de fevereiro todo débito existente venha a ser cumprido. Não tenho dúvidas que houve boa vontade por parte do secretário municipal Luciano Paz e, se Deus quiser, haverá cumprimento do acordo”, explica o diretor do Cirurgia, Gilberto Santos.
Para o representante dos servidores, Cícero Sousa, caso o pagamento seja realizado, a greve será suspensa ainda hoje. “Vamos esperar até o momento em que o dinheiro entrar na conta. Se tudo concretizar, no final da tarde retomaremos às atividades, mas se nada for cumprido, continuamos paralisados”, assegura o dirigente sindicalista.
Manifestação
Mais cedo, funcionários do Hospital fizeram bloqueios alternados na pista da avenida Desembargador Maynard, sentido Centro/zona Oeste. A cada 10 minutos a avenida foi fechada por dois minutos como forma de mostrar a sociedade o caos instalado no Cirurgia.