ARACAJU/SE, 18 de setembro de 2024 , 21:56:47

Sergipe registra menor taxa de mortalidade materna do Nordeste em 2023

 

Em 2023, Sergipe registrou a menor taxa de mortalidade materna do Nordeste, com 37,92 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos. O estado também se destacou a nível nacional, ocupando a 6ª posição no país com o menor índice de mortalidade materna, conforme dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).

Analisando a série histórica desde 2006, Sergipe demonstrou uma significativa redução na taxa de mortalidade materna. Em 2009, o estado teve um pico de 102,54 mortes por 100 mil nascidos vivos. Esta melhoria é atribuída às iniciativas do Governo do Estado, que implementou ações contínuas de monitoramento e acompanhamento das gestantes.

O secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, destacou o esforço do governo em fortalecer a vigilância e a atenção à saúde. “O cenário da mortalidade materna é uma preocupação contínua do governo. A queda dos indicadores também reflete a eficiência na realização das ações, para que cada vez mais, possamos melhorar a resolutividade da atenção básica em nosso estado, com investimentos em leitos de maternidade e treinamento das equipes de saúde que estão na ponta”, afirmou o secretário.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define morte materna como o falecimento de mulheres durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez, por causas relacionadas com a gravidez, excluindo acidentes e incidentes.

Ações

Diversas medidas têm sido adotadas para monitorar e reduzir a mortalidade materna. Marco Aurélio Góes, diretor de Vigilância em Saúde da SES, observou que a pandemia de covid-19 impactou as taxas de mortalidade em todo o país. “Tivemos uma variação durante os três últimos anos da pandemia, de 2020 a 2022, resultado dos casos da Covid-19, que atingiu todo o Brasil e com Sergipe não foi diferente. Diante desse cenário, reforçamos diversas ações de vigilância epidemiológica, bem como o fortalecimento do comitê de prevenção da mortalidade materna, infantil e fetal, proporcionando a investigação de todo óbito em mulher em idade fértil para identificar possíveis óbitos maternos, que tem sido investigada em tempo oportuno a fim de se entender possíveis fatores determinantes e condicionantes que possam ter contribuído para que ele tenha acontecido”, explicou o diretor.

A prevenção e o acompanhamento especializado são essenciais para reduzir a mortalidade materna. O pré-natal, oferecido pelos municípios, é crucial para a detecção precoce de doenças e pode evitar impactos negativos quando não realizado corretamente. A SES realiza capacitações contínuas para profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) para garantir o acompanhamento adequado das gestantes. As mulheres devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para iniciar o pré-natal assim que confirmarem a gravidez.

O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) oferece testes sorológicos para prevenção de infecções por meio do Programa de Proteção à Gestante (Protege), que inclui exames de HIV, sífilis, toxoplasmose e outros, realizados no terceiro trimestre da gravidez. O programa visa diagnosticar, orientar e prevenir a transmissão de doenças materno-fetais.

A Rede Estadual conta com o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) para assistência pré-natal de alto risco, onde as gestantes recebem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) é a principal referência em Sergipe para atendimentos de alta complexidade, com acesso mediante encaminhamento por uma UBS.

“Oferecemos testes rápidos para detecção de HIV, sífilis e hepatites virais em todos os municípios e unidades de saúde. Embora o cenário atual seja positivo, continuaremos trabalhando com otimismo e dedicação para monitorar as taxas e melhorar a Rede de Atenção à Saúde”, concluiu Marco Aurélio.

*Com informações Secom

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