Em resposta ao discurso feito pelo deputado estadual Francisco Gualberto (PT), condenando a política do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), ocupou a tribuna para pontuar que o Partido dos Trabalhadores esteve à frente do País por quase 14 anos e não conseguiu resolver alguns problemas do País.
Georgeo não escondeu que voltou à tribuna motivado pelo discurso do petista que, segundo ele, trouxe muita “carga ideológica” defendendo o Partido dos Trabalhadores e “colocando a sociedade como escudo”. “O PT teve a oportunidade de governar o País por quatro mandatos. Foram quase 14 anos para fazer e não resolveu! Vejo determinados discursos e parece que a eleição não acabou. Ficam tencionando os fatos políticos”.
Ao citar a Medida Provisória (MP) 881/2019, que institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelece garantias de livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras providências, o deputado disse que Gualberto limitou-se apenas a falar sobre o trabalho aos domingos, e sobre a carteira de trabalho. “Ele esqueceu de falar que todos os setores querem a desburocratização e o governo sozinho não vai vencer a crise!”.
Georgeo disse ainda que ninguém vai querer investir sem ter garantias de retorno e questionou o discurso de Gualberto que 99% das riquezas estão nas mãos de 1% dos brasileiros. “O PT teve a oportunidade de tirar, de taxar o imposto sobre grandes fortunas e não o fez. Agora é fácil criticar! Falam do governo federal sobre a previdência, mas o que o governo de Sergipe fez para evitar a quebradeira? Quando (Marcelo) Déda (in memoriam) assumiu era superavitário e hoje é deficitário”.
O líder da oposição falou em “vários cargos de comissão” que não contribuem para o regime próprio da Previdência, mas para o regime geral. “Falam da Previdência, mas não fazem o dever de casa! Gualberto enalteceu o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), pela construção de casas populares, mas esqueceu de dizer que o dinheiro é recurso federal, da Caixa Econômica, do governo Bolsonaro. Serão mais de R$ 100 milhões do governo federal que serão investidos na capital. Ninguém aqui é contra o trabalhador, mas quem trabalhar aos domingos vai receber remuneração dobrada”.
Por fim, Georgeo disse que, pela narrativa de Gualberto, em sete meses, Bolsonaro seria a justificativa para todas as tragédias registradas no País. “Mas ele se esquece de dizer que, após anos no governo, o PT não preparou o País para momentos de dificuldades. Esperamos que desfaçam os palanques. O presidente está eleito há quase um ano e ainda ficam questionando sua legitimidade? Nessa linha também podemos questionar se Belivaldo Chagas (PSD) pode continuar governando desse jeito? O momento requer serenar os ânimos, evitar tensões. Perderam a eleição! Tem que respeitar o resultado soberano das urnas!”.
Samuel Carvalho
O deputado estadual Samuel Carvalho (Cidadania) pontuou que nós vivemos em uma democracia representativa e que, apesar de não ter votado no governador Belivaldo Chagas, torce para que ele acerte por foi a vontade da maioria dos sergipanos. “Isso faz parte da democracia! Bolsonaro é o nosso presidente e não podemos ser medíocres ao ponto de prejudicar o Brasil. O palanque precisa ser desarmado, os governadores sulistas agem assim e nós do Nordeste temos que fazer o mesmo. Tem que deixar a questão política e eleitoral para o momento adequado. Agora é unir forças para tirar Sergipe deste quadro negro”.
As informações são da Agência Alese.