ARACAJU/SE, 17 de janeiro de 2025 , 18:30:08

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Nova Direção no Banco Central do Brasil

Desde o início deste ano que o Banco Central do Brasil (Bacen) tem um novo Presidente, o economista Gabriel Muricca Galípolo, que tomou posse na Presidência do Bacen juntamente com três novos Diretores, Izabela Corrêa, Gilneu Vivan e Nilton David.

Gabriel Galípolo é economista e mestre em economia pela PUC-SP. Ele estava na Diretoria de Política Monetária do Bacen desde 2023, antes foi Secretário Executivo do Ministério da Fazenda em 2023, Pesquisador sênior, CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacionais, 2022, Conselheiro, FIESP – Federação da Indústrias do Estado de São Paulo, 2022; CEO, Banco Fator (2017-2021); Sócio diretor, Galípolo Consultoria (2009-2022) e Diretor na Secretaria de Economia e Planejamento, Chefe da Assessoria Econômica da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Governo do Estado de São Paulo (2007-2008).

Izabela Corrêa assumiu a vaga de Carolina de Assis Barros e é a nova Diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta. Ela é analista do Banco Central, formada em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro. Tem mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science (LSE). É a atual Secretária de Integridade Pública na Controladoria Geral da União (CGU).

Gilneu Vivan substituiu Otávio Damaso na Diretoria de Regulação. Ele é analista do Banco Central, formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com especialização em Gestão Financeira (UFRGS) e mestrado em Gestão Econômica e Negócios pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, é o chefe do Departamento de Regulação do Banco Central.

Nilton David é o novo Diretor de Política Monetária, no lugar de Gabriel Galípolo, que assumiu a Presidência do BC. Ele é formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2019 é Chefe de Operações na Tesouraria do Banco Bradesco.

A mudança de Presidente de um Banco Central no Brasil é muito relevante pelas características do cargo, pois o Presidente do Banco Central representa a instituição no País e no exterior, participa, como membro integrante, com direito a voto, das reuniões do Conselho Monetário Nacional (CMN), define a competência e as atribuições dos membros da Diretoria e se relaciona, em nome do Governo Brasileiro, com instituições financeiras estrangeiras e internacionais. Também cabe ao Presidente do Banco Central decretar regime de resolução em instituições submetidas à fiscalização do Banco Central e designar o responsável por sua condução. Presidir as reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) e do Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF). Integrar colegiados internacionais, tais como: Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) (dos Brics), Junta Governativa do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Junta Governativa do FMI, Bank of International Settlements (BIS), e Financial Stability Board (FSB).

Ressalto que os demais Diretores do Bacen que completam a Diretoria são pessoas com sólida formação acadêmica e excelente experiência, dentro do que é esperado para uma direção de Banco Central.

Ailton de Aquino Santos na Diretoria de Fiscalização, Diogo Abry Guillen na Diretoria de Política Econômica; Paulo Picchetti na Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos; Renato Dias de Brito Gomes na Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução; e Rodrigo Alves Teixeira na Diretoria de Administração.

São diversas as atribuições da Diretoria do Banco Central do Brasil, citarei apenas algumas, mas que possibilitam uma visão da importância das posições:  suprimento de cédulas e moedas à população brasileira, por autorizar a programação anual de produção de cédulas e as ações de divulgação das características do dinheiro brasileiro; coordenação a avaliação da conjuntura internacional e dos seus possíveis desdobramentos, definição e validação das diretrizes referentes às negociações envolvendo serviços financeiros e investimentos e à estratégia de atuação junto aos organismos internacionais, articulações e ações para fortalecer a inserção internacional do Banco Central; supervisão prudencial das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional, com foco no entendimento do modelo de negócios, na liquidez, solvência e viabilidade de cada uma dessas instituições; dentre outras.

Pela experiência profissional da Diretoria do Banco Central, novo Presidente e novos Diretores e os que já estavam, entendo e acredito que eles irão cumprir de forma exitosa a missão institucional de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.

O calendário de atividades do Banco Central do Brasil em janeiro de 2025 será bem intenso e envolve os seguintes pontos principais: divulgação do Índice de Commodities – Brasil (IC-Br); reunião da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito; reunião do Conselho Monetário Nacional; divulgação do Ranking de Reclamações – 4º trimestre de 2024 dos Bancos, financeiras e instituições de pagamentos; divulgação das Estatísticas do setor externo; divulgação dos dados das Estatísticas monetárias e de crédito; divulgação do Ranking de Consórcios – 2º semestre de 2024; divulgação das estatísticas fiscais; reunião do Comitê de Governança, Riscos e Controles; e 1ª reunião do Comitê de Política Monetária com o novo presidente e diretores, ocasião em que irão definir nova Taxa Selic. É uma agenda com informações e definições estratégicas para o país.

Que tenhamos uma eficiente gestão no Banco Central do Brasil capaz de conduzir uma boa política monetária que centre na estabilidade financeira que permita melhores dias para os brasileiros.