A Nova Política de Educação à Distância, estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), fixou como obrigatória a modalidade de ensino presencial para os cursos de graduação em Odontologia. A medida garante maior valorização da Odontologia no país, mais qualidade na formação profissional dos cirurgiões-dentistas brasileiros e a proteção da saúde bucal da população.
A decisão foi amplamente comemorada pelo Sistema Conselhos de Odontologia, composto pelo Conselho Federal de Odontologia e os 27 Conselhos Regionais de todo país, e pelas diversas entidades representativas da Odontologia no Brasil, que nos últimos anos atuaram fortemente, com união e trabalho, para combater o EaD na Odontologia.
O decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta segunda-feira (19), em Brasília, determina que cursos superiores de Odontologia, Medicina, Direito, Enfermagem e Psicologia devem ser realizados exclusivamente no formato presencial. A modalidade foi caracterizada pela oferta majoritária de carga horária presencial física, com limite de até 30% de EaD. Os demais cursos da área de saúde e licenciaturas deverão ser ofertados nos formatos presencial ou semipresencial (híbrido).
A decisão foi uma vitória importante para os diversos entes que representam a Odontologia no país e, desde o ano de 2017, vêm promovendo ações na luta contra o EaD na Odontologia. São instituições, associações de classe e universidades, entre outras, que juntamente com o CFO e os 27 Conselhos Regionais de Odontologia, atuaram de forma bastante incisiva nas ações que envolveram a luta contra o EaD na Odontologia.
Em 2023, promoveram o Fórum Nacional Contra a Modalidade de Educação à Distância na Odontologia, em Brasília, resultando na assinatura de uma nota pública de repúdio ao EaD. No ano seguinte, o CFO ainda iniciou um abaixo-assinado contra os cursos de ensino a distância.
A divulgação do marco regulatório da modalidade EaD é, portanto, o resultado de uma luta exitosa de muitos setores da Odontologia brasileira que reagiram à precarização do ensino de da profissão.
Câncer de Boca 1
Todos os anos, o Maio Vermelho chama atenção para a conscientização da população sobre o câncer de boca, com o objetivo de incentivar a prevenção e ampliar as chances de diagnóstico precoce. O CRO-SE contribui com a campanha, através da Câmara Técnica de Laserterapia, divulgando informações sobre a doença e seus principais fatores de risco. O INCA (Instituto Nacional do Câncer) estima que haverá cerca de 15.100 novos casos de câncer de boca no Brasil em 2025. Este número corresponde a um risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes, com 10.900 casos em homens e 4.200 em mulheres. O câncer de boca, apesar de prevenível, é um dos 10 tipos de câncer mais incidentes no país.
Câncer de Boca 2
Alguns sintomas são feridas que não cicatrizam nos lábios e/ou na boca e que podem apresentar sangramento ou crescimento; nódulos na região do pescoço; sinais esbranquiçados ou avermelhados nas regiões da boca, como gengiva, língua, bochechas e céu da boca; e disfonia (rouquidão). Existem diversos fatores que potencializam o risco de desenvolver a doença, como o consumo de tabaco e álcool, a exposição solar, a má alimentação, irritações na mucosa bucal, imunosupressão, sexo oral e HPV, dentre outros. Por isso, previna-se e visite o seu cirurgião-dentista periodicamente.
Agenda cheia
A agenda de eventos do CRO-SE segue a todo vapor: ontem uma mesa redonda ampliou os debates do último Fórum de Odontologia Antirracista, pautando diálogos sobre humanização, racismo na saúde e o acesso de qualidade aos serviços no SUS. Hoje (22), o CRO Itinerante vai até o interior, levando capacitação regionalizada sobre atendimentos/visitas odontológicas domiciliares aos profissionais da Odontologia das equipes de Saúde Bucal dos municípios da regional de Saúde de Lagarto. E sexta (23) tem o I Meeting de Odontologia Digital, evento inédito que põe em foco os recursos e tecnologias mais avançadas, bem como revoluções que eles vêm promovendo na prática clínica ao longo dos últimos anos.