ARACAJU/SE, 27 de abril de 2024 , 7:11:38

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Saúde da mulher

O mês de março não é somente importante para as mulheres pela comemoração do seu Dia Internacional transcorrido no último dia 08, mas também pela preocupação com a saúde da mulher, especialmente uma doença comum e que afeta a qualidade de vida e a reprodução. Refiro-me a endometriose, foco do Março Amarelo, que tem por objetivo informar a população, especialmente a mulher, sobre sintomas da doença, os impactos na qualidade de vida das pacientes e formas de diagnóstico, prevenção e tratamento.

A falta de informações sobre a doença contribui para muitas mulheres passem muito tempo sem o diagnóstico correto e, enquanto isso, sofram com as dores, sangramentos, necessidade de hospitalização e até mesmo de cirurgias.

A endometriose é uma doença benigna, porém impactante para a saúde da mulher e para uma boa qualidade de vida, diante do sofrimento que a enfermidade traz. É mais preocupante quando a mulher em idade reprodutiva sofre com a perda de gestações, quase sempre com riscos para a sua própria integridade física.

Dados recentes da OMS estimam que cerca de 176 milhões de mulheres no mundo, sendo 7 milhões no Brasil, sofrem com a endometriose, daí a importância da campanha criada pelo governo federal “março amarelo” para que as mulheres busquem o atendimento adequado para o diagnóstico e iniciem o tratamento.

Os sintomas começam com uma dor, e dor não é uma coisa normal, passando por problemas intestinais que podem confundir com outras doenças, dor nas relações sexuais e dificuldade para engravidar.

Um dos problemas é que o diagnóstico é feito após 3 a 12 anos de manifestações dos sintomas, em face de que 20% das mulheres, segundo estudos recentes, são assintomáticas.

A doença é o crescimento do tecido que cobre o útero chamado de endométrio em outras regiões do corpo, exigindo às vezes o tratamento cirúrgico com a retirado dos tecidos, e até mesmo a retirada do útero. Pode ser feito o tratamento também por meio medicamento à base de hormônios.

Os estados e os municípios devem criar políticas públicas de saúde para a mulher, que começa com a informação adequada e a possibilidade do atendimento clínico ginecológico e exames como de imagens através de ultrassom e laboratoriais para o diagnóstico, e disponibilidade de meios para tratar, sejam via cirurgias, ou por meio da administração de medicamentos indicados para a enfermidade.

As empresas e escolas devem patrocinar palestras e encontros para o esclarecimento sobre a doença, diagnóstico e tratamento, pois a informação é a chave para que se evite tantos sofrimentos físicos e psicológicos que esta doença, mesmo sendo benigna, acomete as suas portadoras.

Lembrando que o direito à saúde é um direito fundamental declarado na Constituição Federal e dever do Estado e da sociedade.