ARACAJU/SE, 25 de abril de 2024 , 11:18:37

logoajn1

Alese cobra esclarecimentos da Deso, DNIT e Crea sobre queda de ponte que danificou adutora

 

 

Na manhã desta segunda-feira, 18, a Comissão de Obras Públicas, Desenvolvimento Urbano, Transportes e Turismo, da Assembleia Legislativa de Sergipe, presidida pelo deputado Augusto Bezerra (DEM), se reuniu com os representantes da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (CREA/SE). 

A reunião teve como objetivo prestar esclarecimentos à casa legislativa e à população sergipana sobre a queda da ponte que fica localizada no povoado Pedra Branca, em Laranjeiras, que impossibilitou o fornecimento de água por 7 dias na região da grande Aracaju, afetando quase um milhão de pessoas. Na ocasião, os deputados puderam fazer questionamentos sobre a responsabilidade da manutenção da ponte. 

Durante a reunião foi apresentada a Lei nº 5713/2005, homologada na Assembleia Legislativa, que dispõe sobra a obrigatoriedade, por parte do estado de Sergipe, de perícias anuais em pontes em viadutos de sua jurisdição. Essa lei foi apresentada pelo Crea, que é o órgão responsável por todos os registros de obras e o seu superintendente, Arício Rezende, entendeu como responsabilidade do Estado as obras de manutenção dessa e de outras pontes. 

“Sergipe perde mais uma obra de engenharia, uma obra diferenciada por sua beleza, que servia até para o turismo. Foi uma ponte construída historicamente em 25 de agosto de 1933, portanto com 82 anos. Então a gente lamenta que a engenharia de Sergipe tenha perdido mais uma obra, por descaso do poder público. Mas afirmo que não cabe ao Crea responsabilizar possíveis culpados”, pontuou. 

De acordo com Gustavo Defilippo, o DNIT só se responsabiliza por pontes e rodovias que estão em pleno uso por pedestres e automóveis, sendo que a ponte em Pedra Branca já estava em desuso nesse aspecto, servindo apenas para a passagem dessas adutoras da Deso. Ele também afirmou que o DNIT cedeu sua ponte, localizada ao lado da antiga, no prazo de até um ano, para que a Deso pudesse fazer as obras emergenciais da adutora, amenizando a situação do fornecimento de água na região.

Segundo Edson Barreto, diretor de meio ambiente e engenharia da Deso, a Companhia não tinha como prever esse acidente. “Em nenhum momento a ponte apresentou sinais que estava na iminência de desabar, uma ponte daquele porte não rompe de uma hora para a outra. Para nós, da Deso, foi um fato atípico”, afirmou Edson Barreto, que completou dizendo que um laudo da Companhia de Saneamento vai poder esclarecer melhor o que de fato ocorreu para que a ponte caísse. 

 

Ainda de acordo com Edson, a adutora emergencial está tendo o suporte de uma outra ponte, do DNIT, mas a obra definitiva está sendo realizada e tem um prazo de 180 a 270 dias para sua conclusão. Essa obra definitiva não poderá utilizar a estrutura do DNIT e vai ser suportada por uma nova estrutura que substituirá a antiga. 

 

As duas tubulações que passavam pela ponte serão substituídas por uma única tubulação, de 1800 milímetros, correspondendo à dimensão das anteriores e com um novo material de aço carbono, mais leve do que o material usado nas tubulações que caíram, que era de ferro fundido.

 

 

Ao final da reunião, o deputado estadual Garibalde Mendonça (PMDB), que no momento estava presidindo a reunião, falou da importância desses esclarecimentos. “Foi muito importante essa reunião, pois algumas dúvidas foram realmente tiradas, dúvidas com relação à queda da ponte e outros questionamentos. Alguns documentos foram requisitados pelos deputados e essa documentação será apresentada pelos seus devidos representantes”, afirmou. 

 

Garibalde também destacou que cada órgão tem uma área de atuação específica neste caso da ponte. “Todos têm uma participação em tudo isso, claro que foi uma ponte construída há 82 anos e que estava completamente inutilizada, servindo apenas para a passagem da adutora da Deso e aconteceu esse colapso. Eu penso que a hora não é de minimizar os problemas e sim maximizar para que se possa encontrar as soluções”, disse.

 

Com informações da Agência Alese

Você pode querer ler também