Da redação, AJN1
A capital sergipana, Aracaju, não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde referente à vacinação contra a poliomielite, que causa paralisia infantil. De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ilziney Simões, a meta era imunizar 95% do público alvo, isto é, 33.260 mil crianças de um a menores de cinco anos. Mas mesmo com a prorrogação da campanha, só foram vacinadas 17.844 crianças, ou 53,65%, muito abaixo do esperado.
A coordenadora disse que ficou triste com a baixa procura nos postos para vacinação contra a poliomielite, uma doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita geralmente dos membros inferiores.
“A campanha contra a poliomielite é voltada para crianças de um a menor de cinco anos. As crianças precisam estar com as doses de poliomielite em dia para receber essa vacina por via oral. A gente sabe que a pólio não ocorre no Brasil desde a década de 90, mas infelizmente, com as baixas coberturas acontecendo, há sempre um risco de acontecer uma reintrodução desse vírus no país, que ainda continua circulando em países asiáticos, como Paquistão e Afeganistão”, alerta a coordenadora.
Pandemia
Ilziney Simões suspeita que a pandemia da covid-19 poder ter interferido na baixa procura às Unidades Básicas de Saúde (UBS), possivelmente pelo medo de uma infecção. “A gente fica se questionando por que as pessoas não estão levando seus filhos para a vacinação, mas estão em shoppings, nas praias e não procuram as Unidades Básicas de Saúde. A gente questiona até que ponto a pandemia influencia. É um direito de toda criança e adolescente ter a caderneta de vacinação em dia. É importante manter essas vacinas atualizadas”, afirma.
A campanha de imunização teve início no dia 5 de outubro e terminou no dia 14 de novembro, mas as UBS, segundo a coordenadora, continuam ofertando as vacinas de rotina, para que crianças, adolescentes e adultos, possam manter sua situação vacinal em dia.