Da redação, Joangelo Custódio
Desde o dia 24 de junho, Arthur, uma criança de 6 anos, está internado na Ala Amarela da Pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), com sintomas de dengue hemorrágica, quadro clínico confirmado pelo Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica.
O pai da criança, José Ricardo, disse que o estado de saúde de Arthur é estável, com melhora progressiva. “Os médicos fizeram o teste rápido de dengue e constataram a doença, mas ele está melhorando, graças a Deus”.
Ainda segundo o pai, amigos e parentes fizeram doações de sangue para retirada de plaquetas, o que ajudou na melhora do quadro clínico.
Notificações
O Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica informou que o número de casos confirmados de dengue continua aumentando em todo o Estado, e em pleno inverno, já que essas ocorrências são mais frequentes no verão.
Até o momento, foram 3.290 notificações, desses, 674 casos foram confirmados, e cinco mortes, vitimando quatro crianças e um adulto, além de outro óbito que está em análise.
Com base no 2º Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no último dia 21 de março, dos 75 municípios, 12 encontram-se com alto risco de infestação, 40 municípios com risco médio e 20 com baixo risco.
Surto?
Nas enfermarias de hospitais públicos e privados, todas os pacientes que chegam com febre e dores no corpo são tratados, inicialmente, com suspeita de dengue, fazendo rapidamente o teste rápido da doença, é o que informa uma médica pediatra de um hospital particular da capital, que não quis se identificar.
De acordo com ela, está havendo um pequeno surto de dengue. “A última vez que eu vi essa situação foi em 2008. Todas as crianças que chegam aqui nós estamos fazendo o teste rápido e em muitas identificamos dengue. A situação está preocupante”, alertou.
Vigilância
O aumento significativo da doença é de conhecimento da diretoria de Vigilância em Saúde, que afirma que em 2019 vem acontecendo um aumento significativo das notificações, e a ocorrência de casos de dengue grave, além de 5 óbitos.
Tendo em vista o aumento dos casos, o Ministério da Saúde alerta que as vigilâncias de estados e municípios devem reforçar os cuidados para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.