ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 21:10:57

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Flutuantes da Sabesp são instalados em Propriá

 

Como medida preventiva para evitar um desabastecimento hídrico na Grande Aracaju, a Companhia de Abastecimento de Sergipe (Deso), recebeu dois flutuantes com conjuntos de moto-bombas enviados pelo governo de São Paulo. Os equipamentoS foram cedidos graças a assinatura de um termo de empréstimo de equipamentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com o governo de Sergipe.

De acordo com o diretor-presidente da Deso, Carlos Melo, a chegada dos equipamentos representa a antecipação do governo aos possíveis efeitos da estiagem. “Já instalamos os equipamentos para evitar qualquer problema. É uma antecipação, para que se tire qualquer risco de desabastecimento da Grande Aracaju. Com as reduções constantes da vazão do rio São Francisco, as bombas existentes estão chegando ao limite. Caso venha a baixar mais o nível da água, as bombas recém-instaladas estão aptas a entrar em operação. A população pode ficar tranquila”, esclareceu.

Cada flutuante tem duas bombas, e cada uma delas tem capacidade de bombeamento de mil litros por segundo. No total, os equipamentos são capazes de bombear quatro mil litros de água por segundo, atendendo com eficiência ao 1 milhão de habitantes da região metropolitana (Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão). Os aparelhos, que foram utilizados durante a crise hídrica em São Paulo, ficarão à disposição da Deso por 180 dias, com possibilidade de extensão do prazo. A cessão do equipamento e demais materiais necessários para sua instalação, avaliados em R$ 1,023 milhão, ocorre sem custos para o Estado.

Atualmente, os flutuantes estão instalados no município de Propriá, unidade responsável pela distribuição da água para a Grande Aracaju. O transporte dos equipamentos foi feito pela Deso, em carretas. A Sabesp dispõe de assistência técnica para instalação e pré-operação dos equipamentos.

A vazão do rio São Francisco é controlada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). De acordo com Carlos Melo, a Deso vem se esforçando para se adaptar às medidas das duas entidades. “A Chesf e a ANA são responsáveis pela redução da vazão, enquanto nós estamos tentando nos adequar. Para se ter uma noção, a vazão mínima do rio é de 1300 m³ por segundo. Hoje, estamos operando com 550m³ por segundo. A perspectiva é de que haja redução no mês de novembro, e por isso estamos nos antecipando”, afirmou.

Fonte: ASN

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