ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 21:42:56

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Internos seguem rebelados no presídio do bairro Santa Maria

 

Da redação, AJN1

Internos do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria, em Aracaju, seguem rebelados e mantendo familiares reféns. O motim começou por volta das 15h desta sexta-feira (20), na área do banho de sol do Pavilhão C. Quando a visita estava prestes a se encerrar e 80 presos impediram a saída de cerca de 100 familiares. Uma das reclamações dos presos está relacionada a supostos constrangimentos que visitantes estariam sofrendo no momento da revista. Eles também querem a saída do diretor da unidade. Equipes do Grupamento Especial de Repressão e Busca (Gerb) e de várias unidades da Polícia Militar, seguem mobilizadas no local.

Durante toda a noite de madrugada deste sábado, As negociações para uma solução pacífica para a rebelião, começaram foram liberadas pelos presos. A informação é que nas negociações, os líderes do motim solicitaram a presença de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da imprensa. Segundo o comandante do Policiamento Militar da Capital, tenente-coronel Vivaldy Cabral, que acompanhou toda a mobilização, cerca de 70 pessoas ainda estão como reféns.

Se o clima era de tensão no interior do Complexo Penitenciário, do lado de fora familiares realizavam manifestações, ateando fogo em pneus e troncos de madeira. Em um desses atos, uma mulher acabou tendo mais de 30% do corpo queimado e se encontra internada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). O vice-diretor da unidade prisional foi atingido com uma pedrada e precisou receber atendimento médico. O Compajaf é administrado por uma empresa terceirizada e atualmente abriga 530 presos, quando sua capacidade é para 595.

Protesto

Antes dos presos se rebelarem, supostos familiares de internos do Compajaf anunciavam através de mensagens em redes sociais que iriam realizar um protesto na segunda-feira (23) em frente a 7ª Vara Criminal, no conjunto Orlando Dantas. A manifestação seria para chamar a atenção para supostas violações de direitos que eles estariam sofrendo na unidade prisional.

“Os detentos do Compajaf, de todas as Alas, através de seus familiares e de abaixo assinado, vem informar aos órgãos corregedores do estado, Direitos Humanos, e demais órgãos competentes, sobre os direitos que não estão sendo respeitados! Tanto por parte da Reviver , que é a empresa que presta serviços na Unidade do Compajaf, como também por parte do Desipe!  A humilhação, que os os visitantes estão passando, até sendo mais humilhados que os próprios presos!”,diz um trecho da postagem em uma rede social”, diz um trecho da postagem que circula em grupos de whatsapp.

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