O julgamento dos três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado, foi retomado na manhã deste sábado (30) no Fórum Estadual da Comarca de Estância (SE). O caso ocorreu em maio de 2022, quando Genivaldo de Jesus Santos morreu durante uma abordagem na cidade de Umbaúba.
Sob a presidência do juiz federal Rafael Soares, da 7ª Vara Federal de Sergipe, o Tribunal do Júri entrou no quinto dia, com a continuidade dos depoimentos das testemunhas de defesa dos réus. Entre as testemunhas, está um policial rodoviário federal.
Na manhã e no início da tarde de sexta-feira (29), foram ouvidos o depoimento de um agricultor que passava pelo local da abordagem, um mecânico que testemunhou o início da ação policial e um amigo de infância de Genivaldo, que presenciou o momento em que a vítima foi imobilizada.
Após os depoimentos da acusação, os jurados vistoriaram a viatura onde Genivaldo foi colocado. O veículo, que está sob custódia da Polícia Federal desde o ocorrido, foi levado ao Fórum de Estância para essa inspeção.
Em seguida, iniciou-se a oitiva das 15 testemunhas arroladas pela defesa, sendo cinco para cada réu. Um policial rodoviário federal, convocado pela defesa de William Barros, depôs por cerca de três horas.
De acordo com o cronograma do Júri, após a oitiva das testemunhas, os peritos do caso serão ouvidos. Na sequência, os réus Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia serão interrogados. Os debates começarão em seguida, seguidos pela votação da sentença.
O julgamento está sendo acompanhado pela Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB-SE), que visa assegurar a ampla defesa, o direito ao contraditório e o pleno exercício das funções dos advogados, conforme estabelece a Constituição Federal.
*Com informações Ascom TRF5
