ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 22:06:56

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Mais uma criança morre em Sergipe com suspeita de dengue hemorrágica

Da redação, Joangelo Custódio

Uma criança de cinco anos morreu nessa quinta-feira (27), com sintomas parecidos ao da dengue hemorrágica. O menino estava internado no hospital de Urgência de Sergipe (Huse) desde a quarta-feira (26), e residia no conjunto Bugio, zona Norte de Aracaju. Caso seja confirmada, esta será a sexta morte por dengue em Sergipe, sendo cinco crianças e um adulto.

A mãe do garoto, Daniele dos Santos, disse à imprensa que o filho passou mal na terça (25), com quadro clínico de diarreia, e na quarta (26) ele apresentou piora progressiva. Por conta disso, foi levado às pressas ao Huse, evoluindo a óbito um dia depois, após sofrer parada cardíaca em consequência de suposta dengue hemorrágica, como sugeriu o médico que assinou a certidão de morte.

“Meu filho estava bem na segunda-feira, na quarta não estava falando e nem ficava em pé, aí levei ao Huse e a equipe médica socorreu e levou ele para a Ala Vermelha. Aí depois morreu. O atestado de óbito disse que ele teve parada cardíaca em decorrência de dengue hemorrágica”, contou a mãe, ainda em estado de choque.

O corpo da criança foi sepultado no cemitério São João Batista na manhã de hoje.

Investigação

O Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica coletou uma amostra do sangue do garoto e enviou para o Laboratório Central de Saúde (Lacen) com o objetivo de analisar e esclarecer o motivo que o levou ao óbito.

Mércia Feitosa, diretora de vigilância em saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), explica por que o médico atestou, na certidão e óbito, que se tratava de dengue hemorrágica.

“É protocolo. O médico se baseia no quadro clínico, e percebeu que havia os sintomas da doença. Mas uma amostra foi levada ao Lacen para sabermos se foi mesmo dengue. Em menos de três dias, o quadro evoluiu para o óbito e vamos investigar toda uma conjuntura”, disse, ao salientar que o resultado do exame sai na segunda-feira, 1º.

Notificações

O Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica informou que, até o momento, foram 3.290 notificações, desses, 674 casos foram confirmados.

Com base no 2º Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no último dia 21 de março, dos 75 municípios, 12 encontram-se com alto risco de infestação, 40 municípios com risco médio e 20 com baixo risco.

Surto?

Nas enfermarias de hospitais públicos e privados, todas os pacientes que chegam com febre e dores no corpo são tratados, inicialmente, com suspeita de dengue, fazendo rapidamente o teste rápido da doença, é o que informa uma médica pediatra de um hospital particular da capital, que não quis se identificar.

De acordo com ela, está havendo um pequeno surto de dengue. “A última vez que eu vi essa situação foi em 2008. Todas as crianças que chegam aqui nós estamos fazendo o teste rápido e em muitas identificamos dengue. A situação está preocupante”, alertou.

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