ARACAJU/SE, 3 de julho de 2025 , 22:56:32

Paralisação dos professores deixa mais de 188 mil alunos sem aula em Sergipe

Da redação, AJN1

A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) organiza nesta quarta-feira (26) uma greve nacional como parte da 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. A mobilização ocorre em todos os 27 estados do país e no Distrito Federal e tem como bandeiras centrais de luta a aplicação da Lei do Piso Nacional do Magistério Público e a revogação do Novo Ensino Médio (NEM).

Em Sergipe, o ato está sendo coordenado pelo Sindicato dos Professores (Sintese) e pelo Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema). A partir das 14h, acontece a ‘Marcha em Defesa da Educação’, cuja concentração será na Praça da Bandeira, na região central da capital.

Na rede estadual, mais de 156 mil alunos não tiveram aulas. Na capital, a greve atingiu mais de 32 mil discentes.

Segundo o Sintese, mesmo garantida por meio da lei n° 11.738, desde julho de 2008, a aplicação do piso, que começou em 2010, ainda não é cumprida por muitos estados e municípios, que buscam mecanismos para burlar a obrigação. Pela manhã, ocorreu assembleia da rede estadual no Cotinguiba Esporte Clube.

“Piso e carreira andam juntos, por isso estamos na luta para a reconstrução da carreira na rede estadual e também nas redes municipais onde elas foram destruídas. Essa é uma das principais bandeiras de luta das educadoras e educadores, sem piso e sem carreira não há valorização do magistério”, afirma o presidente do Sintese, Roberto Silva dos Santos.

NOTAS

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação de Aracaju (Semed) diz o seguinte:

“A Semed informa que mantém frequente diálogo com o Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju, sendo que a última reunião entre o Sindicato e a comissão de negociações da Prefeitura de Aracaju aconteceu no início de abril, onde foi detalhado para os representantes as metodologias utilizadas para analisar a viabilidade e o impacto das reivindicações. A Semed considera legítimo o direito à greve e às paralisações dos profissionais, ao mesmo tempo em que reforça que na rede pública municipal de ensino de Aracaju. nenhum professor recebe abaixo do piso estipulado para o magistério, tanto efetivos, quanto substitutos. Professores efetivos em início de carreira, com 40 horas, possuem salário bruto de R$ 5.189,04”.

Já a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) considera o movimento “legítimo e reitera o compromisso com os profissionais da educação e mantém o diálogo com a categoria com transparência”.

 

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