Da redação, AJN1
Os funcionários da Petrobras em Sergipe se encontram em estado de greve e podem cruzar os braços a qualquer momento. O anúncio foi feito pela categoria na manhã desta sexta-feira (23), e segue orientação do Comando Nacional. A classe reivindica reposição salarial de 10%, além de se declarar contrária à venda de ativos da estatal que, na prática, representa privatização.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Petroleiros Alagoas-Sergipe (Sindipetro-AL/SE, Bruno Dantas, a Petrobras está propondo uma redução de jornada com redução também salarial de até 25% para os trabalhadores da área administrativa. “Nós repudiamos. É inaceitável, está aquém dos nossos direitos. Não podemos aceitar propostas desta natureza”, lamentou.
Bruno também foi ácido ao criticar a estagnação da tabela salarial. “A tabela se encontra praticamente congelada. Queremos para essa questão uma isonomia”.
Em Sergipe e Alagoas, segundo Bruno, os trabalhadores da Petrobrás rejeitaram por ampla maioria a quarta proposta de Acordo Coletivo de Trabalho da empresa. Foram 308 votos contra a proposta da empresa, 18 votos a favor e 08 abstenções.
“Sem dúvida nenhuma a proposta da Petrobrás traz malefícios e retrocessos para o acordo que a categoria já tem hoje. Por isso é necessário se preparar para fazer uma forte greve nacional, por nenhum direito a menos, para conquistar um reajuste salarial, com ganho real e para defender a Petrobrás contra a privatização e a venda de ativos”, disse Bruno.