Da redação, Joangelo Custódio
Desde março que os sergipanos estão vivenciando um novo estilo de vida em virtude da pandemia da covid-19. Hábitos e costumes estão sendo revistos, a exemplo de usar máscaras o dia inteiro, além do indispensável álcool em gel para higienizar as mãos. Ficar em casa tem sido a melhor opção para frear a proliferação do vírus. As famílias, que viviam separadas mesmo morando sob o mesmo teto, agora estão mais reunidas, passaram a se enxergar e têm mais tempo de se curtir, de conversar e, claro, confraternizar. A família brasileira, assim como a sergipana, voltou a sorrir, mas de uma maneira nova.
Com o objetivo de ajudar os sergipanos a se entreter, com qualidade, durante esse confinamento obrigatório e essencial, a AJN1 vai dar uma dica de leitura imprescindível. A começar pelo clássico do baiano João Ubaldo Ribeiro: “Sargento Getúlio”, literatura da melhor qualidade cuja estória se passa em Sergipe. Vale lembrar que João Ubaldo Ribeiro estudou alguns anos no colégio Atheneu Sergipense quando era garoto.
Confira um resumo:
João Ubaldo Ribeiro tinha 30 anos quando lançou Sargento Getúlio, em 1971. Era admirado pela crítica mas ainda pouco conhecido pelo público. Foi com este romance, ganhador do Prêmio Jabuti de 1972 na categoria “Revelação de Autor”, que o escritor conquistou prestígio internacional e começou a ser reconhecido como um dos maiores autores de literatura em língua portuguesa, hoje traduzido em 12 países.
Ambientado no Nordeste dos anos 50, Sargento Getúlio narra a história de Getúlio Santos Bezerra, homem de confiança de um poderoso coronel de Sergipe, que precisa levar um preso político de Paulo Afonso até Aracaju. No meio do trajeto, uma reviravolta política faz com que as ordens se alterem: Getúlio não deve mais prosseguir com a missão.
Desconfiado, determinado a cumprir à risca o serviço que lhe fora dado, o sargento parte em uma jornada que não terá outro destino a não ser o da violência e da morte. Sargento Getúlio, um dos romances mais importantes da literatura brasileira no século XX, é inspirado em fatos reais que Manoel Ribeiro, chefe da Polícia Militar de Sergipe, contava ao filho João Ubaldo na infância.
Quando o escritor era criança, um certo sargento Cavalcanti, baleado num atentado em Paulo Afonso, foi socorrido por seu pai e levado com vida até Aracaju. É este então o ponto de partida da obra que ganhou adaptação para o cinema em 1983, com direção de Hermano Penna e com Lima Duarte no papel principal.
