ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 21:20:55

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Servidores do Estado vão paralisar atividades por 24h no próximo dia 9

 

Da redação, AJN1

Diversas categorias do quadro dos servidores públicos estaduais vão cruzar os braços por 24h no próximo dia 9 de agosto, em protesto aos constantes atrasos e parcelamentos de salários impostos pelo governo de Sergipe. Os servidores também questionam a falta de reajuste salarial que, segundo a categoria, está com defasagem em mais de 30%.

A paralisação de advertência foi articulada e aprovada em assembleia realizada na última terça-feira (1º). As categorias não descartaram a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), Diego Araújo, a paralisação será o primeiro movimento paredista do mês após alguns dias de espera pela reunião e discussão técnica prometida pelo então governador em exercício, Belivaldo.

“Na última paralisação, que ocorreu no início de julho e durou 72h, as lideranças conseguiram se reunir com Belivaldo após um protesto com muito barulho na porta do Palácio dos Despachos. O então governador, à época, comprometeu-se a apresentar dados técnicos sobre a situação financeira do Estado e discutir diretamente com os sindicatos, promessa esta que não foi cumprida pelo representante do Governo”, afirmou Diego.

Ainda conforme o presidente sindical, a indignação de servidores, pais e mães de família e de aposentados e pensionistas diante do “descaso” do governo é geral. “Porque atinge todo o funcionalismo público. O caos está criado e o problema vem crescendo gradativamente sem que, ao menos, a discussão com apresentação de números e dados seja apresentada aos trabalhadores. Não há resposta clara sobre impasses e muito menos apresentação de soluções”, declarou o presidente.

Por enquanto, devem cruzar os braços os merendeiros de escolas estaduais, auditores fiscais; os condutores de ambulância do Samu; os trabalhadores da Emdagro; os enfermeiros; os trabalhadores da saúde; e os assistentes sociais.

Não há dinheiro

O governo do Estado continua com o mesmo discurso nos últimos três anos: de que a crise financeira nacional vem afetando diretamente o desempenho dos Estados e obrigando a fazer cortes no orçamento. O secretário da Fazenda, Josué Modesto disse que há severas quedas no repasse do FPE [Fundo de Participação dos Estados] e do ICMS [Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços], o que vem agravando a situação. “É preciso analisar o contexto para que se faça uma análise mais próxima da realidade.”

Ontem (3), o governador Jackson Barreto reuniu-se com o presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE), o desembargador Cezário Siqueira, e demais desembargadores da Casa, para dialogar sobre as dificuldades financeiras e discutir o apoio da Justiça sergipana para o reequilíbrio econômico das contas estaduais.

 

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