Da redação, AJN1
O Ministério Público, através do promotor de justiça Luís Fausto Dias Valois, entrou com uma ação na justiça para que o Município de Nossa Senhora do Socorro seja obrigado a incluir no orçamento do próximo ano, a destinação de recursos para construção de uma casa de acolhimento para idosos. Na ação, o Ministério Público requer ainda que, enquanto não se constrói a casa abrigo, o Município possa custear o acolhimento de idosos em situação de vulnerabilidade em entidades que possam atender e retirá-los da situação de risco.
Em entrevista a Radio Jornal FM, o promotor revelou que Socorro é a terceira cidade do Estado com maior população de idosos e não dispõe de um local adequado para abrigar aqueles que estão em situação de risco e de vulnerabilidade devido a falta de cuidados da família. “O que contamos pontualmente é com a atenção da Secretaria de Ação Social para providenciar um local para colocar os idosos. Não há uma política, um local para atender a demanda, que infelizmente existe, de pessoas da terceira idade que precisam da atenção do Poder Público para sair de uma situação de vulnerabilidade”.
Diante da necessidade de um local adequado para acolher os idosos, o MP instaurou um inquérito civil. “Importante registrar que não estamos cuidando da terceira idade, dos idosos. Famílias estão esquecendo do amor e carinho e, muitas vezes, vendo o idoso como aquele que serve para sustentar quem não consegue uma colocação de trabalho. Não há atenção e amor pelo idoso. Muitas vezes é preciso a intervenção do Estado para cuidar do idoso e ele não tenha violados os seus direitos fundamentais a vida, saúde, carinho e respeito”.
O promotor Fausto Valois informou que existe uma demanda grande de idosos em situação de vulnerabilidade. Os casos chegam através do Disque 100, da Ouvidoria do MP e de denúncia expontâneas feitas no Fórum. Ele destacou que são casos de idosos que são maltratados e explorados. Em uma das situações o idoso chegou em uma cadeira de rodas, maltratado e desnutrido. “Com o apoio do serviço público, a situação foi revertida”, destacou o promotor, acrescentando que quando essa situação acontece se aciona a justiça para que ele seja encaminhado a uma unidade de acolhimento no estado, na maioria dos casos na capital; ou se procura um familiar que possa retirar o idoso da situação na qual se encontra e reestabelecer a qualidade de vida.
“O que queremos é evitar é que o idoso fique sem uma atenção urgente do Poder Público. Pedimos Tutela de Urgência para que, enquanto não se providenciar a construção, providencie o serviço em outro município. A ação é contra o Município e esperamos que, garantindo a ampla defesa e o contraditório, consigamos implantar uma unidade de acolhimento em Socorro”, concluiu o promotor.
