ARACAJU/SE, 2 de maio de 2024 , 19:22:56

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Presidente do Peru nega renunciar ao cargo em meio a investigações sobre suposto enriquecimento ilícito

 

A presidente do Peru, Dina Boluarte, disse que não renunciará depois que sua casa foi invadida como parte de investigações sobre possível enriquecimento ilícito e não declaração de propriedade de relógios de luxo. Cerca de 20 integrantes do Ministério Público e 20 policiais invadiram a casa de Boluarte na noite de sexta-feira (29) e o palácio na manhã de sábado (30).

“Assumi o cargo com as mãos limpas e, portanto, vou me aposentar da presidência em 2026”, disse ela em entrevista coletiva, qualificando as batidas como uma medida “desproporcional” e “abusiva”.

A casa de Boluarte está localizada no bairro Lima de Surquillo, a poucos quilômetros do palácio onde trabalha.

“O pessoal do palácio proporcionou todas as facilidades para a diligência solicitada”, afirmou a presidência na plataforma social X, acrescentando que foi realizada “normalmente e sem qualquer incidente”.

No entanto, o primeiro-ministro peruano, Gustavo Adrianzen, também criticou os ataques. “O ruído político que está sendo feito é grave, afetando os investimentos e todo o país”, escreveu no X. “O que aconteceu nas últimas horas são ações desproporcionais e inconstitucionais”.

Há duas semanas, os promotores iniciaram investigações preliminares após uma reportagem do programa de internet La-Encerrona de que a presidente possuía vários relógios Rolex. A apuração pretende apurar se havia motivos para uma investigação formal da presidente.

Boluarte, no cargo desde dezembro de 2022, reconheceu ser proprietária de relógios Rolex, que disse ter comprado com o dinheiro que ganhou desde jovem.

A promotoria tentou, sem sucesso, na última quarta-feira (27), realizar uma verificação dos relógios do gabinete de Boluarte, mas seus advogados disseram que houve um conflito de compromissos diários e tentaram remarcar o compromisso.

O inquérito sobre Boluarte é o mais recente de uma longa história de investigações sobre presidentes e altos funcionários peruanos.

Fonte: Reuters

 

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