O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), condenou hoje (4) o que ele classificou como “atitude de insuflar” a militância petista a um confronto com manifestantes contrários ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva por parte do presidente do PT, Rui Falcão.
“Essa não é uma questão eminentemente política, deve ser tratada como uma questão de polícia, inclusive com amplo direito de defesa do ex-presidente da República”, disse Aécio referindo-se à condução coercitiva do ex-presidente hoje para prestar depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato. “Me preocupou a convocação pelo próprio presidente do PT, sem uma palavra sequer de apelo à serenidade, ao bom senso, à tranquilidade. Essa questão não será resolvida no braço, será resolvida nos tribunais”.
Aécio Neves também pediu aos militantes contrários ao governo que “não aceitem provocações”. “A palavra que eu quero transmitir aos milhões de brasileiros que assistem a esses acontecimentos é de absoluta tranquilidade, que não aceitem provocações. Nós temos aqui, enquanto representante não apenas da oposição, mas de uma parcela extremamente expressiva da sociedade brasileira, que garantir que as instituições façam seu trabalho sem qualquer tipo de constrangimento. Isso é absolutamente essencial à democracia”, disse, minutos antes de entrar para uma reunião com outros líderes oposicionistas e governadores.
O presidente do PSDB também defendeu a ação do Ministério Público, da Polícia Federal e o Poder Judiciário e disse que eles “vêm até aqui agindo de maneira correta” e disse que qualquer palavra contra essas instituições será “contra a democracia”. Para ele, a atitude tomada por essas três instituições demonstra que “ninguém está acima da lei”.
Sobre as manifestações contrárias ao governo marcadas para o próximo dia 13, Aécio Neves disse esperar que elas sejam pacíficas.
Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil