Da redação, Joângelo Custódio
O delegado de polícia responsável pelo município de Cristinápolis, Paulo Cristiano Alves, já identificou quatro pessoas envolvidas no incêndio da Câmara Municipal de Vereadores daquela cidade, ocorrido no último dia 12.
Uma delas já foi ouvida e confessou a prática do crime. Segundo o delegado, o que chama a atenção é o fato de todos os acusados terem cargos na Prefeitura. Entretanto, Paulo não quis afirmar sobre um possível envolvimento político no ato criminoso. Ele pestanejou e se limitou a afirmar que a sociedade deve tirar suas próprias conclusões. O inquérito será finalizado e enviado ao Ministério Público ainda nesta sexta-feira (26).
Segundo o delegado, no dia da prática delituosa, um dos acusados deu azar e, ao atear fogo na sala de arquivos, também teve seu corpo atingido pelas chamas e ainda encontra-se hospitalizado com queimaduras de segundo grau. Os nomes dos acusados não foram divulgados.
Incêndio
O incêndio ocorreu durante a madrugada, na sala de arquivos da Câmara, no dia em que seria avaliado o pedido de impeachment do prefeito da cidade, padre Raimundo da Silva Leal (PMDB), acusado pelo crime de improbidade administrativa.
Mesmo com parte da casa parlamentar destruída pelas chamas, os vereadores realizaram uma sessão extraordinária no Fórum da cidade e nove deles votaram a favor da derrubada do mandato e conseguiram cassar o então prefeito.
Mas no último dia 18 de fevereiro, Raimundo conseguiu liminar no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE) e reassumiu o cargo de prefeito. Raimundo, no entanto, sustenta o argumento de que não tem nada a ver com o incêndio, e que os vereadores realizaram o processo de impeachment de olho nas eleiçoes municipais que acontecem este ano.
