ARACAJU/SE, 26 de abril de 2024 , 1:03:20

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Sergipe perdeu 95 empresas ativas da indústria de construção, diz IBGE

Em Sergipe, de 2010 para 2019 houve queda de 17 empresas ativas no setor de indústria da construção, saindo de 355 para 338 empresas. Porém, entre os anos de 2018 para 2019, esta redução foi ainda mais acentuada, chegando a uma queda de 95 empresas ativas, já que anteriormente tínhamos 433 ativas (2018). Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (17).

De 2018 a 2019, houve queda também no número de funcionários, saindo de 17.844 para 14.574. Este número é menor, inclusive, na comparação com 2010, quando o total de pessoas ocupadas era de 25.612. Quando comparado ao Nordeste, em 2019, Sergipe apresentou o menor número de empresas ativas de construção e de pessoal ocupado. O maior número de empresas da região foi registrado no Bahia (2.372), que também tem o maior número de pessoas ocupadas no setor (99.520).

Em Sergipe, o gasto com salários, retiradas e outras remunerações, em 2019, chegaram a R$ 400.865 milhões, sendo que em 2018, foi de R$ 447.814 milhões. O salário médio mensal foi de pouco mais de 2 salários mínimos. Os custos das obras e/ou serviços construção de 2010 para 2019 apresentou uma redução de R$ 202.773 milhões, chegando a R$ 606.537 milhões.

Na comparação entre os anos, este número também é de queda, já que em 2018 este custo foi de R$ 934.723 milhões. Ainda, o valor das incorporações, obras e/ou serviços construção também apresentaram redução entre 2018 a 2019, saindo de R$2,483 bilhões para R$ 1,702 bilhão.

Inclusive, em relação à participação das unidades da federação da região Nordeste nas incorporações, obras e/ou serviços de construção, Sergipe percebeu participação nos últimos 10 anos. A participação do estado na região saiu de 4,2% em 2010 para 3,7% em 2019. Vale ressaltar que isso ocorreu também nos estados do Maranhão, Pernambuco e Alagoas. Os outros estados nordestinos ganharam participação no setor.

Ranking de pessoal ocupado e do valor de incorporações, obras ou serviços Em relação ao país, em 2019, Sergipe ocupa a 22º posição de pessoal ocupado no setor da construção, com participação nacional de 0,9%. O estado de São Paulo está em 1º com 26,6%. O Amapá tem a menor participação com 0,1%.

Em relação ao valor das incorporações, obras e serviços, Sergipe aparece em 22º, com 0,7% de participação nacional. São Paulo permanece em primeiro com 28,3% e Amapá, com a menor participação (0,1%).

Cenário nacional

Embora a Região Sudeste tenha permanecido com a maior parcela do valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção em 2019, com uma fatia correspondente a 49,6% do total, houve uma mudança estrutural relevante: a Região Sul (18,0%) ultrapassou a Região Nordeste (17,5%) e passou para a segunda posição neste ranking.

Assim, destaca-se a redução na concentração das Regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste em favor da Região Sul, que apresentou variação positiva de 5,5 p.p. na participação nacional em 10 anos. Já na composição do pessoal ocupado entre as Grandes Regiões, a PAIC 2019 apontou que 49,3% dos trabalhadores da construção do País estavam em empresas da Região Sudeste. Em 10 anos, a Região Nordeste foi a que mais sofreu retração na participação de mão de obra (3,0 p.p.), acompanhando o movimento de redução na participação do valor gerado em obras no período. A Região Sul foi a que mais avançou, com incremento de 3,9 p.p. entre 2010 e 2019.

Sobre a PAIC

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realiza, desde 1990, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC, que retrata as características estruturais da atividade da construção no País. Essas informações são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.

Vale ressaltar que estas empresas têm mais de 5 pessoas ocupadas. Os dados investigados na pesquisa apontam para o Valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção; Número de empresas; Emprego e salários, assim como Receitas, custos e despesas. Nas empresas da indústria da construção com 5 ou mais pessoas ocupadas, a pesquisa oferece a desagregação regional dos resultados, retratando a caracterização da produção e distribuição da mão de obra no território.

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