ARACAJU/SE, 26 de abril de 2024 , 5:35:20

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Eunice Dantas: “Empresa contratada não tinha qualificação técnica para participar da licitação”

Em vistoria no Hospital de Campanha, durante a deflagração da operação Serôdio, que tem foco obter provas para investigação que apura suspostos desvios de verbas públicas, associação criminosa, corrupção, fraudes na licitação do Hospital de Campanha, os peritos federais identificaram divergências na utilização de piso de marca divergente daquela que foi especificada em termo de referência; inexistência de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de dados e voz, sendo que – no projeto básico – havia previsão dessas instalações; custo da locação de cada aparelho de ar condicionado por seis meses chega a quase três vezes o custo de sua aquisição; e pé-direito mínimo inferior ao previsto em projeto básico.

O laudo pericial também indicou suposto sobrepreço na locação da estrutura de climatização e na locação de contêineres.

Na avaliação da procuradora do MPF, Eunice Dantas, “a empresa contratada não tinha qualificação técnica para participar da licitação e isso teria sido assumido pelo próprio empresário Téo Santana, segundo a quebra do sigilo telefônico”, afirmou.

Para a CGU, o projeto do hospital poderia ser construído por mais de uma empresa. “Uma máquina de climatização teria sido alugada com um custo três vezes maior que um equipamento novo. No caso dos containers, há uma diferença de R$ 26 mil na contratação de cada estrutura em relação ao valor pago pela própria SMS para outras unidades, como a UPA Fernando Franco”, citou o superintendente da CGU, Cláudio Canuto.

Agora, a Polícia Federal busca esclarecer se houve prevaricação dos servidores públicos, pressão de superiores ou o recebimento de alguma vantagem indevida. A PF deve intimar os investigados para depor nas próximas semanas e não descarta o pedido de novas medidas cautelares, dentre elas, a prisão de investigados.

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