Da redação, AJN1
O padre Raimundo Leal (PMDB), que teve seu diploma de prefeito do município de Cristinápolis, região Sul, cassado no último dia 9, disse hoje (16) que os vereadores de oposição armaram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) objetivando manchar sua imagem e se fortalecerem para as eleições municipais no mês de outubro.
A CPI que derrubou Raimundo tem como premissa acusações sérias de improbidade administrativa, como supostas irregularidades em contratos e pagamentos em cheque a terceiros.
Para Raimundo, não houve irregularidades. “Há todo um interesse por trás disso tudo, principalmente depois que eles (oposição) fizeram a CPI em cima dos cheques referentes à prestação de serviço. As pessoas trabalharam e receberam. Ninguém recebeu a mais ou a menos. Eles começaram a pegar o mesmo assunto que já estava arquivado. Se já havia sido arquivado, porque pegar o mesmo assunto? Então, há contradição nisso tudo. Eles estão interessados na sucessão.”
Entenda o caso
Os vereadores de Cristinápolis cassaram o mandato do prefeito Raimundo da Silva Leal, acusando-o de improbidade administrativa. Ele teve seu nome envolvido recentemente em um esquema que fraudava licitação.
Incêndio
Antes da votação do pedido de impeachment do prefeito, a Câmara de Vereadores foi parcialmente incendiada e a polícia não descarta envolvimento de forças políticas na execução do ato criminoso.
Durante todo o dia, Raimundo Leal foi acusado, veementemente, por seus opositores, de ser o responsável pelo incêndio na Câmara. Para a oposição, com a queima de arquivos, o prefeito poderia se livrar das possíveis provas que o comprometem, além de postergar as discussões na Casa Legislativa.