ARACAJU/SE, 19 de abril de 2024 , 15:18:24

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COVID, DENGUE E HEPATITES, ESCOLHA O SEU VILÃO

 

A Organização Mundial de Saúde tem alertado o mundo inteiro sobre o surgimento de hepatites graves em crianças. No Brasil já são mais de 15 casos, concentrados em São e Rio de Janeiro, mas que podem passar para todo o país.
A fábrica de fake news já disparou informações falsas de que as hepatites são por causa da vacinação contra a COVID. A mentira não se sustenta porque as crianças vítimas não foram vacinadas contra a COVID, e as agências de saúde do mundo inteiro asseguram que as vacinas disponíveis não causam hepatites.

As investigações continuam para saber a origem desse surto que afeta preferencialmente as crianças. Crianças que sofrem o retrocesso do sarampo e da influenza, em razão de uma baixa imunização provocada pela guerra dos “antivacinas” que usam as redes sociais para inventar e disseminar mentiras e ainda dizem, e tem muitos defensores, de que apenas exercem o direito à livre manifestação. Será?!

O certo é que estamos numa estação, o outono, que favorece o surgimento das viroses, da dengue, inclusive a hemorrágica, e a própria COVID que volta a crescer o número de casos, a exemplo do Distrito Federal, e agora as hepatites, que podem ser virais.

O alerta para os pais é que devem vacinar os seus filhos, inclusive contra as hepatites, a COVID e o sarampo. A dengue é uma questão de educação do povo e do serviço de urbanização das cidades para manter os ambientes limpos e seguros para que não virem criatórios do mosquito transmissor da doença.

O mais impressionante é que não se vê do ministério da saúde nenhum esforço para promover campanhas educativas e esclarecedoras sobre essas doenças que podem causar a morte, especialmente das crianças. Há uma insensibilidade que choca. O Brasil nunca foi o maior exemplo de cuidados da saúde coletiva, mas há um esforço de profissionais que atuam em meio às comunidades em evitar que as endemias e os surtos de viroses se tornem graves problemas de saúde pública.

O papel das mulheres e homens que exercem a função de agente público de saúde no dia a dia visitando as famílias, orientando e acompanhando os casos que poderiam não existir nas estatísticas.

Volta e meia, quando o calo aperta esses profissionais são assediados pelos governantes com promessas não cumpridas de piso salarial e de respeito profissional. Apesar do não cumprimento das promessas, especialmente no período de eleições, essas mulheres e homens não desistem de fazer um trabalho que ainda enfrenta a resistência de moradores de muitas comunidades.

Não precisamos escolher um vilão preferido, devemos lutar para que o direito básico à saúde seja prestado com competência pelo estado brasileiro.