José Anselmo de Oliveira
Mais de 49 países no mundo já estão imunizando suas populações contra o coronavírus, e em um momento crucial do aumento de casos e do aumento de mortes.
O esforço dos cientistas e dos fabricantes resultaram em uma resposta rápida considerando imunizantes de outras doenças. O mundo mostrou que se todos se unirem num mesmo propósito é possível se encontrar soluções para os problemas mais difíceis.
No entanto, vivemos um estranho movimento do individualismo e negação do globalismo, da negação da ciência e de tudo que possa de algum significar contemporaneidade. O direito médico também deve estar atento para as consequências e a responsabilização de atores públicos que insistem em dar o mau exemplo negando a gravidade da situação, como insensíveis as milhares de mortes anunciadas e aos que padecem nos hospitais superlotados, com equipes estressadas, mal remuneradas e sendo também vítimas desse mal terrível que não tem partido, religião, time de futebol ou qualquer outra coisa que possa servir de discriminante. Todos, invariavelmente todos estamos sujeitos a infecção e suas consequências.
Aliado ao péssimo exemplo de quem, por dever e por juramento, deveria cuidar das pessoas desse país, ignora a gravidade da situação e com isso ainda contamina milhares de pessoas que estão cegas pelo vírus do fascismo, saem por aí estimulando aglomerações, desrespeitando o uso de máscaras e colocando a culpa em quem não tem nada a ver com isso, também temos a falta de planejamento do ministério da saúde que se tornou muito mais um quartel a seguir ordens absurdas de um comandante enlouquecido por suas perturbações mentais.
Por isso, não temos nem previsão de vacinação. Até porque o próprio governo faz por seu representante uma campanha aberta contra a vacinação. Não temos seringas, e o tão propalado e experiente profissional da logística segue atabalhoadamente sem dizer para que veio.
Todos, sem exceção, deveriam ser responsabilizados por improbidade administrativa evidenciada pela manifesta omissão, e por crime contra a saúde pública. Esperamos que o Ministério Público Federal que anda silencioso e obsequioso, desperte e cumpra o seu papel constitucional de defender os direitos fundamentais coletivos e indivisíveis, como o direito à vida e à saúde, previstos na Constituição Federal.
Esperamos que as mulheres e os homens de bem desse país que exercem funções relevantes nos poderes do Estado brasileiro não deixem que a história lhes reserve um lugar que não honrariam os seus descendentes.