_Instagram dá Indícios de que será pago_
“Almoço grátis” é uma expressão original dos bares do velho oeste americano, onde oferecia comida de graça para os clientes que comprassem ao menos uma bebida. O detalhe é que a porção gratuita era salgada e condimentada, induzindo os clientes a beberem mais.
Da mesma maneira, não há possibilidade de algo ser ofertado sem nada em troca para o prestador de serviço. Nem relógio trabalha de graça, não é mesmo?
A rede social Instagram possui mais de 1,4 bilhão de inscritos no mundo, sendo 119 milhões no Brasil. Desde 2015, a plataforma estreou os patrocinados para grandes marcas como Avon, CloseUp, Coca-Cola, Mitsubishi, Mondelez, Visa, Vivo e Volkswagen. No mesmo ano, os anúncios foram abertos para qualquer pessoa que quisesse pagar para promover a sua marca.
Conhecido como tráfego pago, esse tipo de publicidade é mais assertivo que a mídia convencional. Permite que a sua mensagem seja distribuída conforme o comportamento e interesse da pessoa, podendo ser mostrada apenas para o seu mercado endereçável, ou seja, seu público-alvo.
Nesta semana, o Instagram confirmou que está testando um novo recurso chamado “ad break”, anúncios de 3 a 10 segundos que não poderão ser pulados. Essa estratégia garante uma visualização mínima da propaganda, favorecendo, obviamente, quem está pagando.
Este tipo de recurso já é comum em outras plataformas como YouTube e Spotify. Para não ter a sua experiência interrompida, é necessário pagar. Essa mudança já gerou descontentamento e algumas pessoas manifestaram que foi um movimento visando apenas ao lucro e não à experiência do usuário.
A realidade é que a empresa vem se adaptando aos cenários: no ano passado, houve demissões em massa na Meta, grupo que possui, dentre outras empresas, o Instagram e o Facebook. As demissões ocorreram após meses de queda no crescimento da receita e alta da inflação, além da retração dos anúncios pagos.
O futuro do Instagram, portanto, pode incluir uma versão paga para aqueles que desejam uma experiência sem interrupções, refletindo uma necessidade de adaptação às mudanças econômicas e ao comportamento do mercado. Seja como for, fica claro que o conceito de “almoço grátis” está cada vez mais distante na era digital.
E aí, vai pagar?
