As filmagens do longa-metragem brasileiro ‘Corações Naufragados’ tiveram início em 4 de outubro, em Sergipe. A produção é dirigida por Caco Souza, e o roteiro e a produção executiva são assinados por Cacilda de Jesus.
O filme revisita um episódio pouco explorado da história nacional: os ataques do submarino alemão U-507 à costa sergipana, em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. O episódio, responsável pela morte de centenas de civis brasileiros, teve papel decisivo na entrada do Brasil no conflito ao lado dos Aliados — mas permanece quase ausente da memória coletiva.
O elenco reúne nomes da televisão brasileira, entre eles Olivia Torres (‘Ainda Estou Aqui’, ‘Totalmente Demais’), William Nascimento (‘Anderson Spider Silva’), Dalton Vigh (‘O Clone’, ‘Fina Estampa’), Daniel de Oliveira (‘Cazuza: O Tempo Não Para’), Wagner Santisteban (‘Desapega!’), Mina Nercessian (‘Solteira Quase Surtando’) e Leonardo Medeiros (‘Kardec, O Cheiro do Ralo’). Também participam mais de 40 atores sergipanos.
Ataque na Segunda Guerra Mundial
Ambientada entre o Rio de Janeiro e Sergipe, a trama acompanha Lucinda Camargo (Olivia Torres), jovem jornalista que desafia o machismo de seu tempo ao revelar sua verdadeira identidade após escrever sob pseudônimo masculino. Ela se envolve com o capitão Francisco da Silva (William Nascimento), oficial da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial e líder clandestino antinazista. Entre o amor e a resistência, o casal enfrenta as consequências políticas e humanas da Segunda Guerra, que atingiu o litoral nordestino e vitimou mais de 600 civis.
“Dirigir este projeto é uma responsabilidade e uma honra. Estamos contando uma parte fundamental e ainda pouco explorada da história recente do nosso país. É gratificante poder fazer isso ao lado de um elenco poderoso e de uma equipe técnica extremamente talentosa”, afirmou o diretor Caco Souza em comunicado.
Filmado em locações históricas do Estado de Sergipe, ‘Corações Naufragados’ também tem a ambição de consolidar o estado como polo de produção audiovisual. Para Cacilda de Jesus, o filme vai além da reconstituição histórica. “É um tributo à memória, ao afeto e à resistência de um povo que testemunhou de perto os horrores da guerra. Nosso objetivo é transformar essa dor em reflexão e identidade cultural”.
Com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/BRDE), a produção busca alcançar tanto os circuitos de festivais nacionais e internacionais quanto plataformas de streaming. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para meados de 2026.
Fonte: Aventuras na História
