ARACAJU/SE, 27 de abril de 2024 , 17:09:30

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Barra dos Coqueiros é o grande destaque da evolução da economia em Sergipe

O estado de Sergipe registrou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 51,9 bilhões em 2021, um crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (SECC). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em uma região durante um período.

Entre os municípios sergipanos, Aracaju e Barra dos Coqueiros se destacaram por suas participações e desempenhos na economia estadual. Juntos, eles responderam por 40,5% do PIB de Sergipe em 2021, sendo Aracaju o primeiro colocado, com 35,5%, e Barra dos Coqueiros o quarto, com 5,0%.

Aracaju: a força da economia sergipana

Aracaju, a capital do estado, manteve a liderança no ranking dos municípios com maior PIB em 2021, apesar de ter reduzido sua participação em 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação a 2020. Sua economia é baseada principalmente no setor de serviços, que representou 85,77% do seu PIB no ano, o maior percentual entre os municípios sergipanos. Dentro desse setor, as atividades que mais contribuíram para o valor adicionado foram Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (32,6%) e Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (20,4%).

Aracaju também se destacou como o segundo município mais industrializado do estado, com 14,21% do seu PIB proveniente desse setor. No entanto, sua participação na indústria sergipana caiu 5 p.p. em relação a 2020, de 23,1% para 18,1%. As principais atividades industriais de Aracaju foram Construção (6,8%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (4,5%).

O setor agropecuário teve uma participação insignificante na economia de Aracaju, de apenas 0,02% do seu PIB em 2021. As principais culturas agrícolas do município foram coco-da-baía, banana e mandioca.

Barra dos Coqueiros: a potência energética

Barra dos Coqueiros, localizado na região metropolitana de Aracaju, foi o município que mais cresceu em participação no PIB de Sergipe em 2021, passando de 2,5% em 2020 para 5,0% em 2021, um aumento de 2,5 p.p. Com isso, ele subiu da sétima para a quarta posição no ranking dos municípios com maior PIB no estado.

O principal responsável por esse salto foi o setor industrial, que respondeu por 80,4% do PIB do município em 2021, o maior percentual entre os municípios sergipanos. Dentro desse setor, a atividade que mais se destacou foi Geração de energia elétrica, que contou com a operação da usina termoelétrica Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) e da Usina Eólica, ambas localizadas no município. Essa atividade representou 74,8% do valor adicionado da indústria de Barra dos Coqueiros e 60,1% do seu PIB total.

O setor de serviços também teve uma participação relevante na economia de Barra dos Coqueiros, de 19,4% do seu PIB em 2021. A atividade mais importante desse setor foi Administração pública, que correspondeu a 8,9% do valor adicionado dos serviços e 1,7% do PIB total do município.

O setor agropecuário teve uma participação muito baixa na economia de Barra dos Coqueiros, de apenas 0,2% do seu PIB em 2021. As principais culturas agrícolas do município foram coco-da-baía, abacaxi e mandioca.

Sergipe 10+

Além de Aracaju e Barra dos Coqueiros, outros oito municípios compõem a lista das 10 maiores economias de Sergipe em 2021, de acordo com o PIB. São eles:

Nossa Senhora do Socorro, com 6,2% do PIB estadual, sendo o segundo colocado no ranking. Sua economia é baseada nos serviços (67,5%) e na indústria (32,4%), com destaque para as atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Fabricação de produtos alimentícios.

Canindé de São Francisco, com 5,6% do PIB estadual, sendo o terceiro colocado no ranking. Sua economia é baseada na indústria (83,9%) e nos serviços (16,1%), com destaque para as atividades de Geração de energia elétrica e Administração pública.

Itabaiana, com 4,3% do PIB estadual, sendo o quinto colocado no ranking. Sua economia é baseada nos serviços (64,8%), na indústria (23,8%) e na agropecuária (11,4%), com destaque para as atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, Fabricação de produtos alimentícios e Cultivo de milho.

Estância, com 4,1% do PIB estadual, sendo o sexto colocado no ranking. Sua economia é baseada na indústria (47,8%), nos serviços (46,9%) e na agropecuária (5,3%), com destaque para as atividades de Fabricação de produtos do fumo, Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Cultivo de cana-de-açúcar.

Lagarto, com 3,5% do PIB estadual, sendo o sétimo colocado no ranking. Sua economia é baseada nos serviços (58,8%), na indústria (24,5%) e na agropecuária (16,7%), com destaque para as atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, Fabricação de produtos têxteis e Cultivo de laranja.

Laranjeiras, com 2,2% do PIB estadual, sendo o oitavo colocado no ranking. Sua economia é baseada na indústria (64,8%), nos serviços (34,9%) e na agropecuária (0,3%), com destaque para as atividades de Fabricação de fertilizantes e agroquímicos, Administração pública e Cultivo de coco-da-baía.

São Cristóvão, com 2,0% do PIB estadual, sendo o nono colocado no ranking. Sua economia é baseada nos serviços (75,9%), na indústria (23,9%) e na agropecuária (0,2%), com destaque para as atividades de Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, Construção e Cultivo de mandioca.

Itaporanga d’Ajuda, com 1,7% do PIB estadual, sendo o décimo colocado no ranking. Sua economia é baseada nos serviços (61,8%), na indústria (28,7%) e na agropecuária (9,5%), com destaque para as atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, Fabricação de produtos de minerais não-metálicos e Cultivo de cana-de-açúcar.