Dia desses eu estava vendo na imprensa e nas redes sociais a repercussão da contusão de Neymar sofrida durante a primeira partida da Seleção Brasileira na Copa do Qatar. O que me despertou a atenção foi a quantidade de pessoas torcendo pro melhor jogador do Brasil, simplesmente, “quebrar a perna” e, consequentemente, não jogar mais o mundial.
Pra ser sincero, a minha capacidade intelectiva procurou em todos os cantos e recantos da memória alguma fagulha de nexo ou ainda uma mínima razão assertiva para tal disparate. Frustrado por não achar algo que deleitasse a minha alma no entendimento de tal absurdo, restou-me a tristeza da reflexão.
Como alguém, em sã consciência, deseja isso? Das duas uma: ou a consciência não é sadia ou a maldade humana extrapolou todos os limites de humanidade. Não concebo mais conclusões. Não há racionalismo, apenas… maldade. É essa a palavra para resumir.
Centenas de milhões de pessoas de países diferentes exultariam pelo fato de terem um jogador como Neymar. Mas aqui, nesta terra que mata heróis e heroíza e idolatra bandidos, o verso do reverso se inverte, num bizarrismo sem precedentes. É um mudo bizarro, de atitudes bizarras.
E tudo isso por quê (separado com acento porque vem no final da frase interrogativa)? Pelo simples fato do “adulto Ney” ter escolhido um lado votante na política nacional. O fato degradou e desagradou a quem não concordou. Aí a maldade transbordou os corações inundados de toxicidade.
Mas esse “ódio travestido de aplauso pela dor” serviu de combustível. O camisa 10 vai voltar. E mais forte. Porque (junto sem acento para explicar) o que dissipa maldade é a vontade de vencer pelo lado certo.
Bora, Neymar! Bora, Brasil!
