ARACAJU/SE, 26 de abril de 2024 , 20:16:37

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Crônica interrogatória

Dia desses eu estava pensando na prerrogativa e que quem muda o mundo não são as respostas que recebemos, mas as perguntas que fazemos. A investigação interrogativa cria caminhos, abre portais para outras dimensões, faz bandido falar, faz o sete ser pintado. Diga aí se não é? O interrogador tem à mão a capacidade de trazer à tona tudo que está no obscurantismo da sombra da maldade, da malícia, do devaneio, da traição, do crime. Sendo assim, hoje farei uma crônica interrogativa. Cada parágrafo trará uma pergunta que não quer calar. Que comecem os jogos! Aliás, as perguntas!

1 – Lá, no início do século XX, mais precisamente, de 1918 a 1920, a Gripe Espanhola matou cerca de 17 milhões de pessoas. Foi um genocídio gripal. A Covid-19 traça um caminho parecido de ‘assassinatos’ mundo afora. Por que a pandemia do século passado teve nome e sobrenome locatício (espanhol vem da Espanha, óbvio, né?) e esta que estamos vivenciando não é chamada de Gripe Chinesa (não veio da China)?

2 – O câncer ainda é a doença que mata mais no Brasil. Em razão disso, o uso de quimioterapia é constante para combater esse mal, mesmo causando inúmeras reações adversas. Se o câncer é combatido com algo que pode trazer prejuízos à saúde, por que a hidroxicloroquina (já comprovada com uso eficaz e com o protocolo de Madri apresentando sua eficácia e utilização) não está sendo usada em larga escala, já que milhares de brasileiros estão perdendo a vida?

3 – Por que vários estados estão montando hospitais de campanha cujos valores extrapolam absurdamente o valor que foi exposto pelo Governo Federal?

4 – Com a pandemia, muitas empresas pelo mundo estão fechando as portas, são postas pra vender ou passadas pra funcionários porque não têm mais como sustentar a sua própria atividade. Quem está comprando a maioria dessas empresas?

5 – O governador do estado de Nova Iorque concedeu uma entrevista coletiva afirmando que 85% das pessoas que foram acometidas pela Covid-19 contraíram o coronavírus em casa. Por que manter as pessoas confinadas, uma vez que o contágio de aglomeração domiciliar é mais efetivo?

6 – Quando o monstro da fome bate, o cara vira bicho. Ninguém, em sã consciência, vai ficar parado “com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar” (Raul Seixas). Quando começarem os saques a lojas e supermercados, com o advento da fome devorando a população, governadores e prefeitos serão responsabilizados e pagarão o prejuízo?

7 – Ainda com base no questionamento anterior, na hora do “pega pra capar”, povão na rua, no melhor estilo ‘The walking dead’, a polícia vai ficar do lado de quem?

Há muito mais perguntas que gostaria de fazer (e talvez o faça aqui neste espaço democrático de direito), mas vou ficar por aqui e A-MA-RI-A se alguém pudesse responder. Talvez só ouça o silêncio da folha do jornal, né?