ARACAJU/SE, 27 de abril de 2024 , 7:09:28

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Aquecimento global e saúde

Os pesquisadores na área da saúde têm um novo desafio, entre tantos, que é o reflexo do aquecimento global e o surgimento de novas doenças e o retorno de outras já controladas, sem contar a ameaça à segurança alimentar e a possibilidade de catástrofes climáticas como secas severas, temporais e enchentes.

O consumismo desenfreado e a destruição da natureza para que a riqueza de alguns seja aumentada estão contribuindo para um desequilíbrio do clima no planeta que somente era esperado somente daqui a pelo menos alguns séculos.

Não há como se prevenir através de políticas públicas de saúde quando ocorrem as mudanças climáticas, as ações de prevenção devem ocorrer nas políticas de industrialização e do consumo responsáveis.

A produção de energia limpa, o combate firme contra o desmatamento e queimadas, o consumo responsável, entre outras atitudes da sociedade e do Estado poderão contribuir para retardar e modificar os efeitos terríveis do aquecimento que o mundo já vem experimentando.

É incompreensível que, em um tempo de tantas informações disponíveis de forma imediata, existam pessoas que preguem o contrário, criem fake news para justificar práticas contra o meio ambiente, contra a energia limpa e o consumo sustentável. Um verdadeiro terraplanismo. E pior, pessoas que aparentemente têm formação acadêmica e se comportam como verdadeiros ignorantes sobre questões científicas já comprovadas.

A Organização Mundial da Saúde já vem alertando sobre os impactos das mudanças climáticas, e Brasil está atento através do Observatório de Clima e Saúde, o primeiro da América Latina, criado por solicitação do Ministério da Saúde.

A Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ vem colaborando com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), no núcleo do Brasil, ou Rede Clima – IPCC Brasil.

Foram observadas que as mudanças climáticas cada vez mais drásticas a propagação de vetores que influenciam na qualidade da água e na produção de alimentos, além da poluição do ar.

As doenças mais sensíveis a essa situação climática são as infecciosas, como leishmaniose, malária e dengue, além de outras arboviroses.

Em um país com o deficit de saneamento básico como o Brasil, pode aumentar a incidência das hepatites e a leptospirose com a contaminação das águas em caso de enchentes graves como vem ocorrendo no Sul e Sudeste do país.

É preciso que se tenha consciência do papel de cada um de nós, dos setores produtivos e do Estado para que as próximas gerações possam ter esperança de um mundo com mais saúde.