ARACAJU/SE, 26 de abril de 2024 , 10:26:29

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Atenção máxima com a delta

A variante delta do coronavírus já alcançou o grau de transmissão comunitária no Brasil, inclusive em Sergipe. Significa dizer que a tendência será o aumento de casos da doença com a possibilidade de aumentar também os casos de internação e óbitos.

Neste cenário, ainda estamos assistindo uma campanha sem precedentes contra a vacinação e da propaganda falsa de medicamentos já reconhecidamente imprestáveis para o tratamento da doença, seja de forma preventiva ou após a contaminação;

Essa insanidade está atingindo até mesmo pessoas da área médica, e que usam as redes sociais com as mais disparatadas teorias com fundamento ideológico e totalmente contrário aos avanços científicos do combate a pandemia.

É preciso alertar a população que a vacina é segura, que todos devem se vacinar, e mesmo após a imunização completa devemos continuar com os cuidados básicos como a higienização das mãos com água e sabão ou mesmo álcool gel a 70%, o uso de máscaras e o distanciamento social.

A retomada das atividades presenciais deve obedecer os protocolos de segurança e a exigência do comprovante de vacinação para acessar espaços coletivos, públicos e privados, é uma garantia para a saúde coletiva.

É preciso acabar com uma ideia deturpada do direito à liberdade individual, dogma do liberalismo do século XVIII, que atualmente tem que ser compreendido como um direito relativo pois não pode ofender os direitos coletivos, especialmente da saúde.

A liberdade individual não cabe em um contexto de pandemia, a se permitir que a liberdade de um indivíduo seja mais importante do que o direito coletivo à saúde, estamos regredindo como civilização que construiu o edifício dos direitos fundamentais, e retornaremos ao fundamentalismo cego e irresponsável.

Chamar à razão, acabar com o abominável jogo ideológico que dividiu até mesmo a classe médica, famílias inteiras, amigos. Tudo isso num processo de imbecilização e de ruptura com o saudável comprometimento pelo desenvolvimento da sociedade.

A gravidade se mostra quando até mesmo a autonomia do médico é confundida e reduzida a um jogo de estar de um lado ou ser contra o outro.

É preciso retomar o caminho da prudência, ressuscitar a ética como instrumento do bem e de fazer  o bem, minimizando danos e pacificando a sociedade. Os doutores da medicina devem promover além da saúde a paz.