ARACAJU/SE, 26 de abril de 2024 , 16:32:36

logoajn1

Incompetência ou dolo?

Com muita tristeza chegamos a mais de 400 mil mortes e uma perspectiva assustadora de chegarmos até junho com mais de meio milhão de vidas perdidas.

Está em prova algumas práticas defendidas pelo governo federal que numa luta insana, não contra o vírus, mas contra a ciência, sustenta teses absurdas e sem nenhuma substância. Apenas baseada em profissionais sem muita qualificação que vestiram o figurino ideológico do governo de plantão, como o uso despudorado de substâncias que a ciência já comprovou que não tem nenhuma serventia. Não previnem e não curam. É igual a chá de pedra.

A única esperança é a vacina. Vacina que foi colocada em segundo plano por um governo guiado por aluados, mentecaptos e psicopatas, incapazes de se sensibilizarem com a dor e sofrimento das pessoas, e que a única coisa que interessa é que suas teses malucas sejam validadas. Mas não são.

Ainda bem que existe a ciência. Pessoas que não estão preocupadas com partidos, com ideologias e muito menos com eleições. Isso é importante porque o mundo já tem mais de três milhões e duzentas mil mortes pela COVID-19.

O desrespeito a orientação das autoridades sanitárias mundiais e locais, como o uso de máscaras, o distanciamento social e, nos casos mais graves, a restrição de circulação das pessoas para evitar o colapso dos sistemas de saúde, público e privado.

O Senado Federal está apurando através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito as responsabilidades, seja por incompetência e ou por omissão intencional, portanto, dolosa, o que seria um crime grave. Crime contra a humanidade, verdadeiro genocídio.

O tempo será implacável com os que trocaram a ciência pela política. O tempo será implacável com os que negam a gravidade da ciência e com aqueles que defendem comportamentos bizarros, como os adotados por muitas autoridades, como o não uso de máscaras, promover aglomerações e até prescrever, sem ser médico, medicamentos comprovadamente ineficazes. Aliás, o fato de alguém não médico prescrever medicação para uma doença tão grave é crime previsto no Código Penal brasileiro tipificado como “exercício ilegal da medicina” e “charlatanismo”.

A incompetência nos parece óbvia diante da falta de uma coordenação nacional para otimizar recursos financeiros e humanos, enquanto se discute de forma mesquinha o poder como medida, como se ainda estivéssemos em uma monarquia. Embora, todos saibamos que o período monárquico acabou em 1889 com a Proclamação da República. E, de lá para cá, salvo os períodos de ditadura, civil e militar, somente por via da eleição se chega a Presidência e o roteiro de sua ação está previsto na Constituição, e cabe ao Supremo Tribunal Federal dar a última palavra sobre a interpretação constitucional, não há imperador no Brasil.

O que parece existir é incompetência, ou pior, dolo específico, o que tipificaria uma conduta criminosa por omissão. Vamos aguardar.